Conexão de Saberes e Mundialização

20 a 23 de outubro de 2015

Trabalho 5272

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Botânica
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Larissa Alves de Lima
Orientador SILVANA DA COSTA FERREIRA
Outros membros Vinícius Resende Bueno
Título Tratamento taxonômico para a tribo Tageteae Cass. (Asteraceae), em Rio Paranaíba, Minas Gerais, Brasil
Resumo A família Asteraceae compreende cerca de 25.000 espécies pertencentes a 1.600 gêneros, distribuídos em 12 subfamílias e 40 tribos, e se caracteriza principalmente pela presença de inflorescência do tipo capítulo, anteras sinânteras, ovário ínfero, bicarpelar, unilocular que desenvolve em um fruto do tipo cipsela. O Município de Rio Paranaíba está localizado na região do Alto Paranaíba, Minas Gerais, Brasil, e está inserido na fitofisionomia de Cerrado, bioma este que apresenta uma grande diversidade de espécies da família Asteraceae. Tageteae Cass. é uma das 40 tribos circunscritas à Asteraceae, inclui 32 gêneros e cerca 270 espécies, caracterizadas por apresentar receptáculo paleáceo, lâmina foliar e brácteas com pontuações glandulares alongadas e cheiro característico (monoterpenos), além das cipselas fortemente costadas. No Brasil são encontradas 27 espécies distribuídas em todos os domínios fitogeográficos. Os materiais botânicos foram coletados entre os meses de agosto de 2011 a junho de 2014, herborizados por técnicas convencionais e estão acondicionados no laboratório de Sistemática Vegetal da UFV-CRP. As identificações dos materiais foram realizadas mediante literatura especializada e consulta à herbários. Foram encontradas 4 espécies incluídas em 2 gêneros: Porophyllum ruderale (Jacq.) Cass., Porophyllum lanceolatum DC., Porophyllum obscurum (Spreng.) DC. e Tagetes minuta L. T. minuta se diferencia das demais espécies, encontradas na área de estudo, por apresentar folhas com margem serrada (versus folhas com margens inteiras), capítulos radiados (versus discoides), pápus paleáceo-aristado (versus pápus cerdoso). P. obscurum se diferencia das demais espécies congêneres por apresentar folhas sésseis, filiformes, uninérvias, filotaxia oposta e inflorescências do tipo racemo. P. lanceolatum apresenta folhas oblanceoladas, nervura marginal, pedúnculo piloso; corola branca, glabra e cipsela obovada, enquanto P. ruderale apresenta folhas elípticas, nervura eucamptódroma, pedúnculo glabro; corola verde-claro com ápice vináceo, pilosa, pontuada de glândulas e cipsela fusiforme. Com relação à distribuição geográfica T. minuta é considerada uma espécie naturalizada ocorrendo nos domínios de Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. Todas as espécies de Porophyllum Guett. coletadas na área de estudo são nativas, sendo P. ruderale de ampla distribuição, ocorrendo em todos os domínios fitogeográficos, enquanto P. obscurum e P. lanceolatum estão restritas aos biomas Caatinga, Cerrado e Pampa, sendo que a última espécie, até o momento, apresentava distribuição no Cerrado apenas em vegetação de campo rupestre, enquanto que para o município de Rio Paranaíba foi encontrada em cerrado sensu stricto, ampliando desse modo a área de distribuição da espécie. O estudo taxonômico das espécies de Asteraceae na região do Alto Paranaíba é pioneiro, sendo portanto, este trabalho uma valiosa contribuição para o conhecimento da flora da família para a região.
Palavras-chave Compositae, Cerrado, Porophyllum
Forma de apresentação..... Painel
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