Resumo |
O Brasil possui hoje cerca de 60 milhões de hectares de pastagens dos mais diversos gêneros, dos quais cerca de 80% encontram-se degradadas. Diversas tecnologias buscam remediar essa realidade, entre elas o uso de reguladores de crescimento vegetal, com destaque para o produto comercial Stimulate®, um regulador vegetal constituído por 0,09 g L-1 de cinetina; 0,05 g L-1 de ácido indol-butírico e 0,05 g L-1 de ácido giberélico. Nosso trabalho objetivou verificar a influência de diferentes doses do produto comercial Stimulate® na produtividade e qualidade fisiológica de Urochloa brizantha cv. Marandu destinada ao pastoreio. O experimento foi conduzido à campo, numa propriedade rural no município de Luz, MG, onde avaliou-se doses crescentes do regulador vegetal Stimulate® (0 ml ha-1, 200 ml ha-1, 400 ml ha-1, 800 ml ha-1 e 1600 ml ha-1) sobre o gênero Urochloa brizantha cv. Marandu, via pulverização foliar. O experimento foi conduzido em um delineamento inteiramente casualizado, com 5 repetições em parcelas de 2x2 m. O tratamento inicial ocorreu no dia 2 de abril de 2015 com a pulverização do regulador vegetal e 30 dias houve o primeiro corte da parte aérea (simulando o pastejo animal), de modo que logo após os cortes foram aplicados os tratamentos com o Stimulate®. Repetiu-se essas práticas a cada 30 dias, durante 4 meses, simulando ciclos de pastejo rotacionado. Todo o material coletado foi submetido a análise para a determinação da altura, produção de matéria fresca, produção e teor de matéria seca. Na primeira coleta observamos que o tratamento T2 não diferenciou estatisticamente do T1 e do tratamento T5, entretanto foi superior aos tratamentos T3 e do T4 para as variáveis matéria fresca, matéria seca e produção estimada de matéria seca por hectare. Na segunda coleta, nas análises de matéria fresca, matéria seca e produção estimada de matéria seca por hectare o T2 não se diferenciou estatisticamente do T5, no entanto se diferenciou dos tratamentos T1, T3 e T4, enquanto para análises de altura e porcentagem de matéria seca o T2 não diferiu do T1 e de T5, entretanto diferiu do tratamento T3 e do T4. Para matéria fresca, matéria seca e produção estimada de matéria seca por hectare durante a terceira coleta que o T2 não diferenciou estatisticamente do T3 e do tratamento T1, entretanto diferiu do tratamento T5 e do T4. E durante a quarta coleta o T2 foi superior quando comparado aos demais tratamentos para analises de matéria fresca, matéria seca e produção de matéria seca estimada por hectare, nas análises do percentual de matéria seca o T2 não se diferenciou dos tratamentos T1 e T3, porém se diferenciou dos tratamentos T4 e T5, nesta coleta não houve diferença no quesito altura entre os tratamentos. Ao final desse período experimental verificamos que o T2 possui potencial de uso em condições de período invernal nas pastagens do cerrado mineiro. |