Resumo |
Aplicações realizadas por pulverizadores hidropneumáticos apresentam baixa uniformidade de distribuição volumétrica vertical. Isto se devido à interação entre a vazão de ar produzida pelo ventilador, forma do ramal e a distância do alvo. De forma a minimizar este problema, uma possível alternativa é trabalhar com configuração de pontas de diferentes vazões ao longo do ramal. Assim, objetivou-se com este trabalho, avaliar o efeito de configurações de pontas hidráulicas sobre a variação da distribuição volumétrica vertical do pulverizador hidropneumático. Empregou-se o delineamento inteiramente casualizado e os tratamentos dispostos em fatorial 3 x 2, sendo: três configurações de pontas no ramal, ou seja: apenas pontas MAG 1,5 (100 % MAG 1,5 (1)); parte inferior do ramal com pontas MAG 1,5 e parte superior do ramal com pontas MAG 3,0 (50% MAG 1,5 e 50% MAG 3,0 (2)); parte inferior com pontas MAG 3,0, parte mediana com pontas MAG 1,5 e parte superior com pontas MAG 3,0 (25% MAG 3,0, 50% MAG 1,5 e 25% MAG 3,0 (3)) e duas alturas de coleta (1,6 e 3,2 m). Para coleta do líquido pulverizado utilizou-se uma bancada coletora vertical composta por canaletas em V simulando um alvo de 3,2 m de altura. Empregou-se um pulverizador marca Jacto® Arbus 2000 TP VA, posicionado à 1,9 m da bancada coletora. Este foi previamente regulado e calibrado pelo método convencional, para aplicação de volume de 500 L ha-1. A temperatura média durante as avaliações foi de 24,5 °C a UR % de 60,7 e velocidade do vento de 1,4 Km h-1. Houve interação significativa para a interação configuração de pontas e posição de coleta. A configuração de pontas 3 apresentou, respectivamente, para altura de coleta de 1,6 m médias de CV de 57,10 e 44,41 % e para altura de coleta de 3,2 m médias de CV de 31,86 e 25,25 %, inferiores as configurações 1 e 2. Assim, a configuração 3 resulta em aplicação mais uniforme independentemente da altura de coleta, o que pode propiciar, em campo, distribuição mais homogênea da calda de pulverização. Já em relação à altura de coleta dentro das configurações 1, 2, e 3 de pontas de pulverização, observou-se que, para a altura de coleta de 3,2 m, as médias de CV foram de 39,37, 13,68 e 50,53 % inferiores, para essas mesmas pontas, na altura de coleta de 1,6 m. Este maior CV pode ser atribuído a maior distância entre a saída das pontas na extremidade do ramal e as canaletas superiores, de forma que, as gotas ficam mais sujeitas à ação do vento e temperatura, causando perdas por deriva e evaporação. Fato que é comprovado pelo menor CV quando se trabalha com configuração de pontas, como no caso da configuração 3 que apresenta 25% das pontas da extremidade de maior vazão. De forma, as gotas produzidas por estas estão menos sujeitas a deriva e apresentam, após saírem da ponta, maior “vida” até atingirem o alvo. Conclui-se que a configuração de pontas 25% MAG 3,0, 50% MAG 1,5 e 25% MAG 3,0 aumenta a uniformidade de distribuição de calda do pulverizador hidropneumático. |