Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 22252

ISSN 2237-9045
Instituição Centro Universitário de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Iarle Gonzaga Vieira
Orientador Andrês Valente Chiapeta
Outros membros Bianca Mabiny Souza e Silva
Título Benefícios da liberação miofascial em atletas amadores de voleibol
Resumo O voleibol é uma modalidade esportiva que exige elevado desempenho físico, sendo comum a ocorrência de lesões, sobretudo nas articulações do ombro e joelho, devido à repetição de gestos técnicos como saques, bloqueios e ataques. Dentre os tecidos afetados, destaca-se a fáscia muscular, fundamental na transmissão de forças e na coordenação motora. A sobrecarga sobre essa estrutura pode levar à formação de pontos-gatilho miofasciais, associados a dor e limitação funcional. Neste contexto, a técnica de liberação miofascial tem ganhado destaque como abordagem terapêutica voltada à recuperação funcional, alívio da dor e melhora da mobilidade articular.
Este estudo teve como objetivo analisar os efeitos da liberação miofascial aplicada ao complexo do ombro sobre a funcionalidade musculoesquelética de atletas amadoras de voleibol. Trata-se de uma pesquisa intervencionista com delineamento transversal e abordagem quanti-qualitativa, realizada com 13 atletas femininas da Liga Universitária Esportiva Viçosense (LUVE), com idades entre 18 e 27 anos. A avaliação inicial contemplou a mensuração da amplitude de movimento (ADM) do ombro dominante, utilizando goniômetro universal, e a aplicação da Escala Visual Analógica (EVA) para quantificação da dor referida. Após sete dias, foi realizada uma única intervenção de liberação miofascial, manual e instrumental, com duração de 10 minutos, abrangendo músculos como peitoral menor, subescapular, trapézio, romboides e demais componentes do manguito rotador. Imediatamente após a aplicação, as atletas participaram de um treino habitual e responderam a um questionário sobre percepção de dor, desempenho e mobilidade.
Os resultados indicaram melhora na amplitude de movimento em todos os padrões de movimento avaliados, com destaque para ganhos na flexão, abdução, adução e rotações. A flexão do ombro, por exemplo, aumentou de 170,58° para 179,00°, enquanto a rotação interna evoluiu de 53,25° para 69,00°, sugerindo efeitos imediatos positivos da liberação miofascial sobre a mobilidade articular. No entanto, não foram observadas alterações significativas nos níveis de dor segundo a EVA, indicando que o efeito analgésico da liberação miofascial pode exigir múltiplas sessões ou maior tempo de intervenção para ser percebido. Ainda assim, a percepção subjetiva das participantes foi positiva, reforçando a aplicabilidade da técnica tanto em contextos de reabilitação quanto na preparação pré-competitiva.
Conclui-se que a liberação miofascial é uma estratégia eficaz para atletas amadoras, com potencial comprovado para promover ganhos imediatos na mobilidade e na percepção de desempenho funcional. Recomenda-se a realização de novos estudos com amostras ampliadas, maior número de sessões e acompanhamentos de médio a longo prazo, a fim de investigar os efeitos cumulativos da técnica, especialmente no alívio da dor musculoesquelética.
Palavras-chave voleibol, miofascial, mobilidade
Forma de apresentação..... Painel
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