Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21527

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Dimensões Econômicas: ODS8
Setor Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Nicholas Cunha Peres Rodrigues
Orientador JOSEPH KALIL KHOURY JUNIOR
Outros membros ELIENE OLIVEIRA LUCAS, GEICE PAULA VILLIBOR, GUSTAVO DE SOUZA VERISSIMO
Título Reprojeto de uma máquina de ensaio de fadiga de flexão rotativa
Resumo A máquina de ensaio de fadiga rotativa R.R. Moore está sendo reprojetada para uso no Laboratório de Ensaios Mecânicos da UFV (LEM/UFV), com o objetivo de possibilitar ensaios de fadiga, dada sua relevância na caracterização de materiais sujeitos a esforços cíclicos, já que até 80% das falhas em componentes mecânicos estão associadas à fadiga. O projeto visa recuperar, adaptar e disponibilizar o equipamento para uso por usuários habilitados do LEM, ampliando a capacidade do laboratório com mais um tipo de ensaio, além dos já existentes: tração, compressão, flexão, dureza e impacto. A metodologia consistiu em manter os componentes funcionais, substituir os comprometidos e aferir a máquina por meio de testes de fadiga, comparando os resultados com dados da literatura e modelos de estimativa de fadiga finita e infinita. O contador mecânico foi substituído por um digital de pulsos magnéticos e as forças aplicadas na alavanca foram aferidas para estabelecer com precisão a relação entre os pesos utilizados e a tensão de flexão aplicada no corpo de prova, garantindo exatidão na medição. Os testes de aferição seguiram a norma ISO 1143, utilizando corpos de prova cilíndricos e metodologias similares às empregadas por fabricantes de máquinas equivalentes. A Curva S-N é obtida a partir da variação das tensões aplicadas e da medição do número de ciclos até a ruptura, representando a relação entre tensão cíclica constante e ciclos até a falha. Um manual foi desenvolvido com instruções desde a preparação do corpo de prova até o cálculo da força necessária para estimar a tensão máxima de ruptura e o limite inferior da fadiga a vida infinita (geralmente entre 30% e 50% da tensão de ruptura). Foi realizado 3 ensaios com aço 1045 trefilado com tensão de ruptura estática de 805 MPa, o primeiro corpo de prova rompeu a 482 MPa com 9.500 ciclos, o segundo a 457 MPa com 16.800 ciclos e o terceiro a 382,2 MPa com 34.300 ciclos, demonstrando o comportamento esperado de maiores ciclos com menor tensão. A literatura estima, para esse aço, 564,6 MPa (9.500 ciclos), 541,7 MPa (16.800 ciclos) e 514,3 MPa (34.300 ciclos), resultando em uma diferença média entre os valores experimentais de 18,5%, dentro da variação de ±18% para o material estudado. Os dois primeiros pontos estão dentro da faixa esperada, enquanto o terceiro ficou ligeiramente abaixo, sugerindo possível falha geométrica ou concentrador de tensão no corpo de prova. A coerência dos dados iniciais indica viabilidade da máquina para ensaios futuros, que incluirão novos materiais e mais corpos de prova para consolidar a curva S-N. Após a aferição completa, o manual será validado por laboratoristas do LEM. Assim, o reprojeto da máquina de fadiga rotativa representa uma contribuição significativa para o ensino, pesquisa e extensão da UFV, abrangendo projetos de pós-graduação, iniciação científica, aulas práticas e equipes como Baja, Fórmula e Aero.
Palavras-chave Flexão rotativa, Ensaio de fadiga, Curva S-N
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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