Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21312

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Ambientais: ODS12
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Maria Eduarda Diniz do Prado
Orientador GABRIELA PICCOLO MAITAN ALFENAS
Outros membros Ana Luísa Rezende da Silva
Título Produção de coquetéis enzimáticos de extratos fúngicos para hidrólise de casca de soja
Resumo A casca de soja é um subproduto abundante das indústrias de processamento da soja, composta por um teor alto de açúcares e baixo de lignina, que pode ser utilizada como matéria-prima para a produção de bioetanol. A primeira etapa deste processo consiste no pré-tratamento da biomassa, que visa desestruturar a parede celular vegetal e facilitar o acesso das enzimas aos polissacarídeos. A segunda etapa constitui-se na sacarificação, a fim de hidrolisar os polissacarídeos constituintes da casca em açúcares monoméricos a partir do uso de enzimas (hemi)celulolíticas. Finalmente, a terceira etapa é a fermentação dos açúcares monoméricos em etanol. Este trabalho explorou o potencial da mistura dos extratos brutos dos fungos Chrysoporthe cubensis e Talaromyces pinophilum para a sacarificação da casca de soja pré-tratada com ácido, visando determinar o rendimento de açúcares fermentescíveis. A obtenção do extrato enzimático do fungo C. cubensis se deu a partir do seu cultivo em meio semi-sólido, por 8 dias, utilizando casca de soja como fonte de carbono. A extração das enzimas foi realizada com tampão acetato de sódio, 50 mM, pH 5, durante agitação a 150 rpm por 60 minutos a 28 ºC, e posteriormente foi feita filtração em filtro de nylon e centrifugação 5.000 x g por 15 minutos. O cultivo do fungo T. pinophilum se deu em meio submerso, por 8 dias a 150 rpm, com a casca de soja como fonte de carbono. Após o cultivo, o extrato foi obtido por filtração e centrifugação nas mesmas condições citadas anteriormente. A casca de soja foi pré-tratada com ácido sulfúrico 0,5 % (v/v) na proporção de 25 % (m/v), a 121 ºC por 30 minutos. A sacarificação foi realizada em tampão citrato de sódio 100 mM, pH 5, com 5 % de casca pré-tratada (m/v), e carga enzimática de 2,5 FPU/g da mistura formada pelos extratos fúngicos em proporção 1:1 e de um coquetel comercial como controle, além de azida de sódio 10 mM e tetraciclina 40 μg/mL, para evitar contaminação microbiana. A hidrólise enzimática foi conduzida por 120 h, a 50 ºC e 200 rpm. Alíquotas foram retiradas a cada 24 h e os açúcares liberados foram quantificados por cromatografia líquida de alta eficiência. A mistura dos extratos brutos 1:1 dos dois fungos, resultou em atividades, em U/mL, de 8,67 para xilanase, 4,37 para pectinase e 3,42 para mananase. A sacarificação da casca de soja pré-tratada pela mistura enzimática dos dois fungos na proporção de 1:1 gerou 6,3 g/L de glicose, enquanto 21,0 g/L foram liberados pelo coquetel comercial Cellic ctec3, coquetel este que passou por processos de otimização. Além disso, a mistura enzimática produziu 1,8 g/L de xilose e 1,4 g/L de arabinose, enquanto o coquetel comercial gerou 3,2 e 0,0 g/L respectivamente. Conclui-se que a mistura dos extratos dos fungos tem potencial para hidrolisar a casca de soja, doravante, novas proporções dos extratos brutos serão testadas para aprimorar a liberação de açúcares fermentescíveis a partir da casca de soja pré-tratada.
Palavras-chave Casca de soja, sacarificação, enzimas
Forma de apresentação..... Painel
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