Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21297

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Serviço Social
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Rúbia Tatiana Santana de Souza Frederico
Orientador LILIAN PERDIGAO CAIXETA REIS
Título Identidade de gênero e saúde mental na juventude: Desafios, resistências e políticas públicas no Brasil
Resumo A adolescência é um período marcado por intensas transformações físicas, psicológicas e sociais, sendo fundamental para a construção da identidade e do senso de pertencimento. Para jovens com identidades de gênero diversas, especialmente adolescentes trans e não-binários, esse processo é atravessado por desafios agravados por estruturas sociais cisnormativas e heteronormativas. Este estudo, com abordagem qualitativa e revisão de literatura recente, analisa a relação entre identidade de gênero e saúde mental na juventude brasileira. Os achados indicam que a negação institucional e social da diversidade de gênero contribui significativamente para o sofrimento psíquico, intensificando quadros de depressão, ansiedade, ideação suicida, automutilação e isolamento social.
Essa marginalização ocorre em diversas esferas sociais. No âmbito familiar, é comum a rejeição da identidade de gênero, resultando em violência emocional, física e rompimento de vínculos afetivos. No contexto escolar, o bullying, a recusa ao uso do nome social, a invisibilidade curricular e a ausência de políticas pedagógicas afirmativas criam um ambiente hostil, que frequentemente leva à evasão e ao comprometimento da saúde mental. Já nos serviços de saúde, o despreparo de profissionais, a lógica patologizante e a escassez de protocolos específicos dificultam o acesso ao cuidado integral, desrespeitando os princípios de universalidade e equidade do SUS.
Apesar desses desafios, adolescentes trans e não-binários constroem redes de resistência e cuidado através do ativismo digital, de coletivos culturais, grupos de apoio e espaços de acolhimento psicossocial. Tais iniciativas promovem autoestima, pertencimento e ressignificação subjetiva, oferecendo alternativas ao descaso institucional. Escolas e serviços públicos inclusivos, quando comprometidos com práticas afirmativas e escuta qualificada, demonstram potencial transformador.
Conclui-se que o sofrimento psíquico dessas juventudes é socialmente produzido e só pode ser enfrentado por meio de ações intersetoriais, éticas e fundamentadas nos direitos humanos. Reconhecer a diversidade de gênero como legítima e garantir políticas públicas inclusivas é essencial para promover equidade, cidadania e bem-estar integral na adolescência
Palavras-chave Saúde Mental, Diversidade, Adolescência
Forma de apresentação..... Painel
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