| ISSN | 2237-9045 |
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| Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
| Nível | Pós-graduação |
| Modalidade | Pesquisa |
| Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
| Área temática | Dimensões Sociais: ODS3 |
| Setor | Departamento de Serviço Social |
| Bolsa | Não se Aplica |
| Conclusão de bolsa | Não |
| Primeiro autor | Rúbia Tatiana Santana de Souza Frederico |
| Orientador | LILIAN PERDIGAO CAIXETA REIS |
| Título | Identidade de gênero e saúde mental na juventude: Desafios, resistências e políticas públicas no Brasil |
| Resumo | A adolescência é um período marcado por intensas transformações físicas, psicológicas e sociais, sendo fundamental para a construção da identidade e do senso de pertencimento. Para jovens com identidades de gênero diversas, especialmente adolescentes trans e não-binários, esse processo é atravessado por desafios agravados por estruturas sociais cisnormativas e heteronormativas. Este estudo, com abordagem qualitativa e revisão de literatura recente, analisa a relação entre identidade de gênero e saúde mental na juventude brasileira. Os achados indicam que a negação institucional e social da diversidade de gênero contribui significativamente para o sofrimento psíquico, intensificando quadros de depressão, ansiedade, ideação suicida, automutilação e isolamento social. Essa marginalização ocorre em diversas esferas sociais. No âmbito familiar, é comum a rejeição da identidade de gênero, resultando em violência emocional, física e rompimento de vínculos afetivos. No contexto escolar, o bullying, a recusa ao uso do nome social, a invisibilidade curricular e a ausência de políticas pedagógicas afirmativas criam um ambiente hostil, que frequentemente leva à evasão e ao comprometimento da saúde mental. Já nos serviços de saúde, o despreparo de profissionais, a lógica patologizante e a escassez de protocolos específicos dificultam o acesso ao cuidado integral, desrespeitando os princípios de universalidade e equidade do SUS. Apesar desses desafios, adolescentes trans e não-binários constroem redes de resistência e cuidado através do ativismo digital, de coletivos culturais, grupos de apoio e espaços de acolhimento psicossocial. Tais iniciativas promovem autoestima, pertencimento e ressignificação subjetiva, oferecendo alternativas ao descaso institucional. Escolas e serviços públicos inclusivos, quando comprometidos com práticas afirmativas e escuta qualificada, demonstram potencial transformador. Conclui-se que o sofrimento psíquico dessas juventudes é socialmente produzido e só pode ser enfrentado por meio de ações intersetoriais, éticas e fundamentadas nos direitos humanos. Reconhecer a diversidade de gênero como legítima e garantir políticas públicas inclusivas é essencial para promover equidade, cidadania e bem-estar integral na adolescência |
| Palavras-chave | Saúde Mental, Diversidade, Adolescência |
| Forma de apresentação..... | Painel |
| Link para apresentação | Painel |
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