| Resumo |
Estudantes universitários muitas vezes enfrentam restrições econômicas, rotinas acadêmicas intensas e ausência de conhecimentos sobre alimentação saudável e habilidades culinárias, fatores que contribuem para padrões alimentares inadequados, comprometendo a saúde, o rendimento acadêmico e a permanência estudantil. Assim, projetos de extensão voltados à promoção da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) se consolidam como instrumentos de transformação social, oportunizando acesso à informação, estímulo à autonomia alimentar e fortalecimento de práticas alimentares conscientes e sustentáveis, especialmente entre populações em situação de vulnerabilidade social. O objetivo deste trabalho é descrever as atividades desenvolvidas no projeto de extensão “Comer em Ação” vinculado ao Departamento de nutrição e Saúde da Universidade Federal de Viçosa (UFV), com estudantes residentes nas moradias estudantis da instituição, tendo como ferramenta oficinas de educação alimentar e nutricional, e de habilidades culinárias. A divulgação das atividades ocorreu pela rede social do projeto e também via e-mail institucional, com o apoio da Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários. Os estudantes que demonstraram interesse, realizaram inscrição por meio de formulário eletrônico. Até julho de 2025, foram realizadas quatro oficinas: duas de educação alimentar e nutricional, que incluíram exposições teórico-práticas, promovendo a interação entre os participantes e esclarecimento de dúvidas; e duas de habilidades culinárias, conduzidas por meio da execução de preparações alimentares, possibilitando o “praticar enquanto se aprende”. Ao final de cada oficina, foi aplicado um formulário para aferir a percepção dos estudantes em relação à atividade desenvolvida. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido no primeiro encontro. Está previsto que respondam também a um formulário final, após três meses do encerramento das atividades, com o objetivo de mensurar a contribuição do projeto na melhoria da qualidade de vida, saúde e bem-estar. 40 estudantes se inscreveram, 14 compareceram à primeira oficina, 10 à segunda, 10 à terceira e 8 à quarta. Todas as avaliações registraram a nota máxima aos atributos avaliados, correspondendo à opção “gostei muito”. A adesão voluntária, o envolvimento ativo nas atividades e o elevado grau de satisfação demonstrado, indicam que as oficinas configuram-se como estratégias interessantes para promover SAN. Espera-se que, com a continuidade das atividades, seja possível contribuir com a saúde, qualidade de vida e bem estar dos estudantes residentes nas moradias estudantis, e com políticas institucionais voltadas à permanência estudantil e, ainda, fortalecer o papel da universidade como promotora da equidade e para um Futuro Sustentável. |