Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 21067

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Dimensões Econômicas: ODS9
Setor Departamento de Engenharia Civil
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Thiago Ferreira Costa
Orientador JOSE MARIA FRANCO DE CARVALHO
Outros membros FLAVIO ANTONIO FERREIRA, LEONARDO GONCALVES PEDROTI
Título Agentes expansivos em seções de aço preenchidas com concreto: uma revisão
Resumo O uso de seções de aço preenchidas com concreto tem sido cada vez mais explorado no setor da construção por combinar estrategicamente as propriedades do concreto e do aço. Apesar disso, sabe-se que a retração volumétrica do concreto pode prejudicar a interface entre os dois materiais, podendo até mesmo causar descolamento, o que se torna um fator crítico quando a aderência é o principal mecanismo de interação entre eles. Para mitigar tais efeitos, o uso de aditivos expansores tem se mostrado uma estratégia eficiente. Por meio da formação de cristais expansivos na matriz, esses agentes combatem a retração excessiva, podendo, inclusive, gerar micro expansão. Apesar disso, o uso desses aditivos também pode provocar efeitos indesejados, sendo necessário entender mais profundamente todos os impactos gerados por tais componentes. Com base nisso, o presente trabalho tem como objetivo revisar a literatura recente sobre os mecanismos de ação, benefícios e limitações dos agentes expansores baseados em hidróxido de cálcio (CaO), hidróxido de magnésio (MgO) e sulfoaluminato de cálcio (CSA). Para isso, foram analisados artigos científicos publicados entre 2015 e 2025, relacionados aos efeitos dos aditivos expansores na fluidez de concretos, à resistência em ensaios push-out e à avaliação da durabilidade das matrizes cimentícias. Os resultados mostram que as expansões induzidas podem elevar a resistência de aderência entre concreto e aço em torno de 35%, alcançando até 60% quando aliadas a outras técnicas, como a utilização de fibras metálicas. A proporção ideal de aditivo varia conforme a composição do concreto e a geometria da seção, sendo comumente empregada na faixa de 4% a 8%. Em situações específicas, podem ser aplicados teores entre 6% e 12% se combinados a métodos de cura interna, como o uso de agregados leves saturados ou biochar. No caso de concretos de ultra alto desempenho leve, observou-se que adições superiores a 8% aceleram a carbonatação da portlandita, comprometendo a durabilidade ao reduzir a proteção alcalina ao aço. Além disso, os expansores à base de CaO e MgO disputam a água disponível com o cimento Portland, prejudicando a fluidez da mistura, enquanto os de CSA exigem maior disponibilidade de água livre e são mais sensíveis à relação água/cimento, o que também pode afetar a trabalhabilidade e resistência do concreto. Dessa forma, conclui-se que, embora os aditivos expansores ofereçam benefícios significativos para a resistência adesiva em seções de aço preenchidas com concreto, é fundamental ajustar cuidadosamente suas dosagens a cada aplicação. Essa precaução garante a manutenção da fluidez, da durabilidade e da aderência desejadas, evitando efeitos adversos que possam comprometer o desempenho estrutural ao longo do tempo.
Palavras-chave Aditivo expansor, Concreto, Retração
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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