| Resumo |
Este trabalho apresenta o projeto Museus Virtuais na Sala de Aula, desenvolvido pelo PIBID/História em parceria com a Escola Estadual José Lourenço de Freitas (Viçosa-MG), que utiliza visitas online a museus como ferramenta pedagógica, com base no texto “Museus virtuais de ciências: uma revisão e indicações técnicas para o projeto de exposições virtuais.” de Marcelo Leandro Eichler e José Claudio Del Pino. A democratização do acesso à cultura e a incorporação de tecnologias digitais na educação são desafios contemporâneos para a escola pública. Nesse contexto, o projeto Museus Virtuais na Sala de Aula propõe romper barreiras geográficas e econômicas que limitam o contato direto com patrimônios históricos. A primeira intervenção com uma turma de sétimo ano, focada no Renascimento italiano por meio da Capela Sistina (disponível em:https://www.museivaticani.va/content/museivaticani/en/collezioni/musei/cappella-sistina/tour-virtuale.html), permitiu aos alunos observar detalhes de afrescos de Michelangelo, relacionando arte, contexto histórico e transformações culturais. A iniciativa alia o cumprimento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) - que prevê o desenvolvimento de competências digitais - à valorização da História da Arte como linguagem formativa. A atividade atendeu à BNCC, que prevê o desenvolvimento de competências digitais, e destacou-se por sua abordagem interdisciplinar. Como objetivo o projeto destaca: a integração de tecnologias digitais ao ensino de História; ampliação do repertório cultural através de acervos globais; promoção da análise crítica de fontes visuais; e fomento à inclusão digital com recursos acessíveis. A aula dividiu-se em três etapas, com uma metodologia ativa: exposição dialogada sobre Renascimento e mecenato; exploração coletiva da Capela Sistina, com mediação para análise de A Criação de Adão e Juízo Final; realização de atividade elaborada pela pibidiana sobre o tema, que contava com texto de E. H. Gombrich sobre a capela Sistina, e afrescos medievais a fins de comparação com os afrescos presentes da capela Sistina. Os alunos destacaram a aula como "diferenciada", com relatos de surpresa ao observar detalhes como a perspectiva e expressões nos afrescos. A abordagem prática facilitou a compreensão de humanismo e mecenato. A experiência demonstrou que museus virtuais podem tornar o ensino de História mais dinâmico, especialmente em escolas sem recursos para visitas presenciais. A mediação docente foi crucial para transformar a navegação em aprendizagem significativa. Como próximos passos, planeja-se incluir outros museus e abordar outros temas. |