Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20886

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Dimensões Sociais: ODS5
Setor Departamento de Serviço Social
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Letícia Gomes Almeida
Orientador MARIA DAS DORES SARAIVA DE LORETO
Outros membros GUSTAVO BASTOS BRAGA
Título Mulheres no poder acadêmico e político: padrões espaciais de liderança nas universidades federais e municípios brasileiros
Resumo Este trabalho analisa a distribuição espacial da presença de mulheres em cargos de liderança acadêmica e política no Brasil, entre 2020 e 2024. O foco recai sobre as reitorias das universidades federais e as prefeituras dos municípios, onde essas instituições estão localizadas, buscando compreender se há associação entre a ocupação feminina nesses espaços e o nível de desenvolvimento socioeconômico local.
Trata-se de uma pesquisa de caráter descritivo e exploratório, que utiliza métodos de análise de autocorrelação espacial, com apoio dos softwares QGIS e GeoDa. Foram definidas três variáveis principais: tempo de gestão feminina nas reitorias e nas prefeituras, ambas medidas em dias ao longo do período analisado, além do Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM), com ano-base 2023.
A análise de autocorrelação espacial global (índice de Moran) indicou que apenas o IFDM apresentou padrão de concentração geográfica significativa, enquanto a presença de mulheres na liderança mostrou distribuição dispersa, sem agrupamentos regionais. Já a análise local (LISA) revelou clusters específicos tanto na liderança acadêmica quanto na política, evidenciando a importância das dinâmicas institucionais e territoriais A análise bivariada apontou fraca correlação positiva entre a presença de reitoras e o nível de desenvolvimento (I = 0,161), e uma associação ainda menor entre reitoras e prefeitas (I = 0,109). Os achados sugerem que a desigualdade de gênero na ocupação de cargos de liderança não se distribui de maneira uniforme no território brasileiro, sendo influenciada por múltiplos fatores locais e estruturais. Conclui-se que, embora o desenvolvimento possa favorecer a emergência de lideranças femininas, ele não garante a equidade de gênero.
Os resultados reforçam a necessidade de políticas institucionais sensíveis à questão de gênero e de investigações futuras que articulem abordagens qualitativas para compreender as barreiras persistentes que limitam o acesso das mulheres a posições de poder.
Palavras-chave Liderança Feminina, Desigualdade de Gênero, Desenvolvimento Municipal.
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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