| Resumo |
INTRODUÇÃO: Idosos com diabetes mellitus tipo II (DM2) apresentam risco aumentado para sarcopenia (Kalyani et al., 2014). Isso compromete diretamente a funcionalidade e a independência, podendo levar a fragilidade e morte precoce. A prática regular de exercícios físicos, principalmente treinamento resistido (TR) com cargas progressivas, é eficaz no aumento da força e da massa muscular (Santana et al., 2024). A vibração de corpo inteiro (VCI) vem sendo estudada como estratégia complementar ao TR. Nesse contexto, o Teste de Sentar e Levantar 5 Vezes (TSL5), é destacado como uma ferramenta objetiva, de fácil e rápida aplicação, amplamente utilizada para avaliar a capacidade funcional de idosos. Pesquisadores apontam seu uso como uma medida da força dos membros inferiores, controle de equilíbrio e risco de quedas. OBJETIVO: Comparar os efeitos da VCI na capacidade funcional de idosos com diabetes tipo II, por meio da análise do desempenho no TSL5. METODOLOGIA: Trata-se de um ensaio clínico randomizado, com grupos paralelos e avaliação cega, envolvendo nove idosos. Os participantes foram divididos aleatoriamente em dois grupos: um grupo recebeu VCI+TR (n=4) e o outro realizou apenas TR (n=5). A capacidade funcional foi mensurada antes e após a intervenção, por meio do TSL5. O TSL5 consiste em levantar e sentar cinco vezes o mais rápido possível, a partir da posição sentada com os braços cruzados sobre o tórax, usando uma cadeira padrão (encosto, sem braços, 44,5 cm de altura), (Melo et al., 2019). O teste t de Student de amostras pareadas e independentes foi utilizado para análise. RESULTADOS:.O TSL5 apresentou redução no tempo de execução, mas sem diferença estatisticamente significativa, tanto no grupo VCI+TR (13,16 s antes e 11,65 s após; p=0,14) e TR (11,3 s antes e 10,4 s após; p=0,08), quanto entre os grupos (p=0,244)É importante considerar que fatores secundários como a altura da cadeira, o uso de calçados e o posicionamento do tronco, joelhos e pés, podem enviesar o desempenho no movimento de sentar e levantar. No entanto, tais fatores de confusão foram minimizados por meio da padronização do teste, utilizando-se a mesma cadeira para todos os participantes, execução do exercício sem calçados, mesmo posicionamento e condução do teste pelo avaliador (Albalwi, Alharbi, 2023). CONCLUSÕES: Apesar dos resultados não apresentarem diferenças estatisticamente significativas entre os grupos, tratam de resultados preliminares, obtidos a partir de uma amostra reduzida e que ainda não contempla todos os participantes previstos no estudo. Portanto, a continuação deste estudo e outros novos são necessários para validar os efeitos da VCI como estratégia complementar ao TR no ganho de força em membros inferiores em idosos com DM2. Destaca-se ainda a relevância do Teste de Sentar e Levantar 5 Vezes como ferramenta simples, acessível, segura e objetiva para avaliação da funcionalidade em idosos. |