Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20794

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Dimensões Econômicas: ODS8
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Gustavo Lucas Silva Campos
Orientador EVANDRO MARTINS
Outros membros Daiana Wischral, Jhonathan Valente Ferreira Gusmão, PEDRO HENRIQUE CAMPELO FELIX, Vítor Emanuel Maximo Santos
Título Otimização da Extração de Compostos Bioativos da Casca de Café: Comparação entre Aquecimento Ôhmico e Técnicas Convencionais
Resumo A casca de café, um subproduto que corresponde a cerca de 50% da massa do fruto do café, tem se destacado como fonte promissora de compostos fenólicos, conhecidos por suas propriedades antioxidantes e potenciais aplicações nas indústrias alimentícia, farmacêutica e cosmética. No entanto, para que esse resíduo seja efetivamente valorizado, é essencial desenvolver métodos de extração eficientes, capazes de maximizar a recuperação desses compostos bioativos. Este estudo comparou diferentes técnicas de extração, desde abordagens convencionais até métodos inovadores, visando identificar a estratégia mais eficaz para o aproveitamento sustentável desse material. Foram avaliados quatro métodos distintos: extração convencional em geladeira por 24 horas, extração assistida por ultrassom (banho ultrassônico a 40 °C, 45 Hz por 50 minutos) e dois tratamentos combinados que utilizam aquecimento ôhmico (50 V e 150 V) seguido de ultrassom nas mesmas condições. Todos os experimentos foram conduzidos em duplicata, utilizando 5 g de casca de café seca e triturada, com etanol 70% na proporção 1:10 (m/v). Após a extração, as amostras foram centrifugadas para separação da fase líquida, concentradas em rotavapor a 40 °C (80 rpm) e padronizadas para um volume final de 15 mL com água destilada. A quantificação dos fenólicos totais foi realizada por espectrofotometria, utilizando ácido gálico (GAE) como padrão. Os resultados demonstraram diferenças significativas entre os métodos testados. A extração convencional em geladeira apresentou um teor de 6.784,62 mg GAE/L, enquanto o ultrassom isolado alcançou 8.356,73 mg GAE/L, evidenciando a maior eficiência dessa técnica devido ao efeito de cavitação. No entanto, os tratamentos combinados mostraram-se ainda mais eficazes, com o aquecimento ôhmico a 50 V seguido de ultrassom atingindo 10.890,38 mg GAE/L, e a 150 V obtendo 10.621,15 mg GAE/L. Esses resultados indicam que a combinação de aquecimento ôhmico e ultrassom potencializa a extração, provavelmente devido à desestruturação mais eficiente da matriz vegetal pelo aquecimento ôhmico, seguida da ação sinérgica do ultrassom na liberação dos compostos. A superioridade do método combinado, especialmente na tensão de 50 V, pode ser atribuída a fatores como maior eficiência na ruptura celular, redução do tempo de processamento e viabilidade técnica para escalonamento industrial. Além disso, essa abordagem se alinha com os princípios da economia circular, transformando um resíduo agroindustrial em um insumo de alto valor agregado. Como perspectivas futuras, sugere-se a investigação de diferentes solventes e condições de extração, além de estudos de viabilidade econômica para aplicação em escala industrial. A valorização da casca de café por meio dessas técnicas inovadoras representa um avanço significativo no desenvolvimento de processos sustentáveis para o aproveitamento de resíduos agroindustriais.
Palavras-chave Aquecimento ôhmico, Casca de café, Compostos fenólicos
Forma de apresentação..... Painel
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