| Resumo |
INTRODUÇÃO: A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde como um estado abrangente de bem-estar físico, mental e social, não apenas ausência de doença. Os problemas de saúde além de comprometer o indivíduo em suas necessidades humanas básicas, nas relações familiares, também tem repercussão no ambiente de trabalho. Assim, identificar o perfil de saúde dos indivíduos e a qualidade de vida deles proporciona redução de doenças relacionadas ao trabalho e melhora nas relações humanas. OBJETIVO: Analisar o perfil de saúde e qualidade de vida no trabalho dos servidores da Universidade Federal de Viçosa. METODOLOGIA: A pesquisa trata-se de um estudo transversal, descritivo, analítico, de natureza quantitativa. A amostra foi composta por 308 servidores do campus Viçosa, definida a partir de uma população de 1.556 servidores, considerando 95% de confiança e margem de erro de 5%. Foi realizado sorteio para recrutamento do servidor, respeitando a proporção dos níveis A, B, C, D e E. Foram incluídos aqueles que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), e excluídos os que recusaram participar, estavam afastados no momento da coleta ou que não foram encontrados, após 3 tentativas. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas agendadas e aplicação de um questionário estruturado, com questões relacionadas às condições sociodemográficas, aos fatores ambientais que interferem na saúde dos servidores e aos antecedentes de saúde pessoal e familiares. RESULTADOS: Os resultados obtidos referem-se a dados parciais da pesquisa. Até o momento, participaram do estudo 182 servidores. Quanto ao perfil dos entrevistados, observou-se idade predominante de 31 a 50 anos, sendo a maioria do sexo masculino, casado ou em situação conjugal estável, com elevado nível de escolaridade e mais de 5 anos de serviço público e na UFV. Os resultados apontaram que a maior parte dos servidores não possuem doenças de base, não são tabagistas, consomem bebida alcóolica e praticam atividade física. Quando abordados sobre problemas de saúde, houve predominância de doenças respiratórias e hipercolesterolemia. Quanto ao histórico familiar, houve o predomínio de patologias como diabetes e hipertensão arterial. Quanto à avaliação de queixas, os servidores relataram presença de desconfortos e dores osteoarticulares e cefaleia. Na avaliação do estado de saúde, os participantes classificaram a saúde como boa ou muito boa, e, em comparação a um ano atrás, classificaram como quase a mesma ou um pouco pior. Também, apresentaram estar uma pequena parte do tempo muito nervosos, cansados e esgotados. CONCLUSÃO: A partir dos resultados, observa-se que apesar da prevalência de um perfil de saúde saudável e uma autopercepção positiva da saúde, ainda há situações que afetam a qualidade de vida dos servidores, como dores e condições crônicas. Os dados reforçam a necessidade de ações de prevenção e promoção voltadas à saúde integral dos servidores. |