Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20749

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Renan do Carmo Lopes
Orientador MARLI DO CARMO CUPERTINO
Outros membros ADRIANO SIMOES BARBOSA CASTRO, CERES MATTOS DELLA LUCIA, Giovana Verzignassi, Kelly Aparecida Dias
Título Marcadores de dano oxidativo tecidual renal em camundongos alimentados com dieta hipercalórica e suplementados com casca de jabuticaba
Resumo A alimentação rica em lipídios e carboidratos faz parte de grande parte das populações humanas e estão relacionadas a alterações metabólicas, sendo o consumo de derivados de plantas uma alternativa para minimizar possíveis danos. As antocianinas (ANTH) têm importante ação antioxidante, reduzindo espécies reativas de oxigênio. A casca da jabuticaba (Myrciaria cauliflora), por conter altos níveis de ANTH (362,0 mg/100g), destaca-se como fonte desses compostos. Como os rins são fundamentais no controle metabólico, justifica-se analisar possíveis efeitos nefrotóxicos ao usar extratos de plantas na dieta. Assim, objetiva-se avaliar os efeitos da suplementação de casca de jabuticaba liofilizada em marcadores de dano oxidativo e biométrico de rins de camundongos que receberam dieta hipercalórica. Foram utilizados 12 camundongos divididos em 3 grupos (n=4): G1 (controle): dieta padrão; G2 e G3: dieta hiperlipídica rica em frutose (HFHF) por 12 semanas, sendo que o G3 após seis semanas recebeu suplementação com extrato liofilizado de casca de jabuticaba (200mg/100g de ração) por mais seis semanas. Ao final das 12 semanas, os animais foram pesados, eutanasiados, e os rins dissecados e pesados para cálculo do índice nefrossomático (INS = PR/PC × 100), onde PR é o peso total dos rins e PC o peso corporal. Os rins também foram processados para análise da atividade de malondialdeído (MDA) e proteína carbonilada (PRC). Os dados foram expressos em média ± desvio padrão e comparados pelo teste de Tukey (p<0,05). O projeto teve aprovação da CEUA/UFV (10/2023). Como resultado, observou-se o valor médio do peso corporal do G1 de 24,67g ±1,12; do G2 de 26,01g ±2,20; e do G3 de 27,97g ±3,28. O peso renal do G1 de 0,1147g ±0,012; do G2 de 0,1275g ±0,003; e do G3 de 0,1203g ±0,005. Os valores de INS para G1 foram de 0,93% ±0,07; para G2 foram de 0,99% ±0,08; e para G3 foram de 0,92% ±0,1. Os valores de MDA (em U/mg proteína) para o G1 foram de 0,33 ±0,086, para o G2 de 0,4 ±0,09, para o G3 0,31 ±0,04. Os valores de PRC para o G1 foram de 19,72 ±1,78, para o G2 foi 17,41 ±1,94, para o G3 18,7 ±2,8. Apesar de não ter sido observada diferença estatística nos parâmetros, verificou-se uma tendência de aumento do peso corporal nos grupos tratados com dieta HFHF e HFHF+CJL. Além disso, no grupo que recebeu a casca de jabuticaba, notou-se uma tendência de os valores de INS, peso renal, MDA e PRC se aproximarem dos apresentados pelo grupo controle. O MDA, fornece dados sobre lesão oxidativa sofrida pelas membranas celulares. Assim, a tendência encontrada poderia indicar um efeito protetor antioxidante da jabuticaba sobre o tecido renal, necessitando estudos que testem outras doses ou tempos de exposição. Conclui-se que tanto a dieta hipercalórica, quanto a suplementação com casca de jabuticaba não demonstraram efeitos nefrotóxicos, nas doses e tempos de exposição testados, mas a tendência é a casca de jabuticaba retomar valores próximos a os de animais sem dieta hipercalórica.
Palavras-chave Myrciaria cauliflora, Estresse Oxidativo, Suplementos Nutricionais
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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