| Outros membros |
Ariane Ribeiro de Freitas Rocha, Carolina Toledo Fialho, Deysimara de Cássia Santos, Emanuelle Valadares de Jesus Acácio, Gabriel Tavares Rodrigues, Luiz Henrique Batista de Araújo, SILVIA ELOIZA PRIORE |
| Resumo |
Introdução: A adolescência é uma fase caracterizada por intensas alterações físicas e hormonais, tornando-a propícia para a consolidação de hábitos alimentares e estilo de vida. Quando inadequados, esses hábitos contribuem para elevar o risco cardiometabólico. O índice de massa corporal (IMC) e a razão cintura-estatura (RCE) são utilizados para avaliar o estado nutricional e estimar o risco cardiometabólico, respectivamente, e junto com informações referentes ao estilo de vida, como a prática de atividade física, fornecem perspectiva mais abrangente das condições de saúde dos adolescentes, permitindo a identificação precoce de riscos e a implementação de ações preventivas. Objetivo: Investigar a associação entre o estado nutricional e a prática de atividade física em adolescentes de um Colégio de Aplicação. Metodologia: O estudo é resultado de ações do projeto de extensão com os alunos do primeiro ano, denominado “Atendimento nutricional a adolescentes de um colégio de aplicação: ações educativas de promoção de saúde e prevenção de doenças - Nutcoluni”, (PRJ-031/2008), aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa (CEP UFV, parecer 1.852.326). A avaliação do estado nutricional dos alunos foi realizada em março de 2025, com aferição de peso, estatura, e perímetro da cintura, utilizados para o cálculo do IMC e da RCE. Após, houve a avaliação por questionário semiestruturado da prática de atividade física, cujos dados foram tabulados no Excel e seguidos de análise no software SPSS (v.20.0). O IMC por idade foi classificado segundo a Organização Mundial da Saúde (2007) e a RCE conforme Ashwell et al (2005), que considera valores ≥ 0,5 como risco cardiometabólico. A relação entre o estado nutricional e a atividade física foi verificada pelo teste exato de Fisher, adotando 5% de significância estatística. Resultados: Foram analisados 117 adolescentes, com mediana de idade de 15 (14-17) anos, sendo 53,8% (n= 63) do sexo feminino. Em relação ao estado nutricional, 79,5% apresentava eutrofia (n=93), 19,6% (n=23) excesso de peso e 0,9% (n=1) magreza. Considerando a RCE, 88% (n= 103) dos adolescentes apresentaram ausência de risco cardiometabólico. A maioria relatou praticar atividade física (78,6%; n= 92). Não foi observada associação entre o estado nutricional e a prática de atividade física, tanto pelo IMC/I (p = 0,359) quanto pela RCE (p = 0,147). Conclusão: Apesar da ausência da associação, é importante o acompanhamento contínuo dos adolescentes, a fim de identificar comportamentos de risco, como o sedentarismo e a má alimentação, que prejudicam o estado nutricional e contribuem para o risco cardiometabólico. Nesse propósito, as ações de educação alimentar, nutricional e em saúde executadas pelo referido Projeto fazem-se importantes estratégias nesse acompanhamento, essenciais para promoção da saúde e prevenção das doenças dos adolescentes atendidos. Agradecimento à PEC, PCD e PIBEX UFV. |