Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20711

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Núbia de Souza de Morais
Orientador SILVIA ELOIZA PRIORE
Outros membros Ariane Ribeiro de Freitas Rocha
Título Gordura corporal em adolescentes, segundo o sexo e fase da adolescência: concordância entre o Índice de Adiposidade Corporal e o Equipamento de Absortometria de Raios-X de Dupla Energia (DEXA)
Resumo Introdução: A adolescência compreende a faixa etária dos 10 aos 19 anos, dividida em três fases: inicial (10 a 13 anos), intermediária (14 a 16 anos), e final (17 a 19 anos). A obesidade é um grave problema de saúde pública e vem aumentando na população adolescente. É importante considerar que a relação entre o excesso de gordura corporal e doenças cardiometabólicas já é conhecida. Objetivo: Avaliar a concordância entre o Índice de Adiposidade Corporal (IAC) e o Equipamento de Absortometria de Raios-X de Dupla Energia (DEXA) para estimativa de gordura corporal em adolescentes, segundo o sexo e fase da adolescência. Metodologia: Estudo transversal com dados secundários de 1188 adolescentes de ambos os sexos, com idade de 10 a 19 anos. O DEXA foi utilizado para avaliar o percentual de gordura corporal (%GC). Foram aferidos estatura e perímetro do quadril (PQ). O IAC foi calculado usando as medidas do PQ (cm) e da estatura (m), sendo expresso em porcentagem e classificado com pontos de corte específicos para adolescentes, segundo sexo e fase, conforme proposta de Morais et al. (2021). As análises estatísticas foram realizadas no software SPSS for Windows, versão 20.0. Adotou-se nível de significância de p<0,05. A concordância entre IAC e DEXA foi avaliada pelo teste de Kappa. Resultados: A maioria da população era do sexo feminino (67,7%; n=804), que apresentaram maiores prevalências de excesso de GC classificado pelo DEXA, comparadas aos meninos, com aumento da fase inicial para a intermediária e redução da intermediária para a final. Nos meninos, essas prevalências reduziram ao longo de todas as fases. Nas adolescentes mais jovens, 38,1% (n=59) apresentou %GC elevado pelo IAC e 44,5% (n=69) pelo DEXA. Na fase intermediária, o percentual foi de 62,8% (n=226) segundo o IAC e de 75,6% (n=272) pelo DEXA. Na final, 47,8% (n=138) apresentou excesso de GC pelo IAC e 75,1% (n=217) pelo DEXA. Nos meninos, na fase inicial, 36,9% (n=62) apresentou %GC elevado pelo IAC e 38,7% (n=65) pelo DEXA. Na intermediária, os valores foram de 34,5% (n=30) pelo IAC e 25,3% (n=22) pelo DEXA. Na final, a prevalência foi de 25,6% (n=33) pelo IAC e 20,2% (n=26) pelo DEXA. Observou-se concordância entre o IAC e o DEXA, com valores de p<0,001 em ambos os sexos e em todas as fases da adolescência. No sexo feminino, verificou-se concordância substancial na fase inicial (kappa=0,682), moderada na intermediária (kappa=0,489) e regular na final (kappa=0,357). Nos meninos, a concordância foi substancial em todas as fases (inicial: kappa=0,684; intermediária: kappa=0,783; final: kappa=0,716). Conclusões: A concordância foi melhor no sexo masculino, o que sugere menor precisão do IAC para estimar o %GC em adolescentes do sexo feminino, especialmente na fase final. Esses achados reforçam a importância de considerar o sexo e a fase na escolha dos métodos de avaliação da composição corporal na adolescência.
Agradecimentos: FAPEMIG, CAPES, CNPq, PPGCN/UFV.
Palavras-chave Adolescentes, Gordura Corporal, Índices Antropométricos
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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