| Resumo |
Introdução: A Década do Envelhecimento Saudável (2021-2030) objetiva promover o envelhecimento ativo e saudável, por meio de políticas públicas e iniciativas que promovam a saúde, a participação e a segurança da população idosa. Nessa perspectiva, para identificar pessoas idosas que necessitam de maior cuidado para atingir um envelhecimento ativo e saudável, o Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional (IVCF-20) pode ser utilizado, uma vez que é uma ferramenta que auxilia na detecção precoce de indivíduos vulneráveis. Objetivo: Analisar a vulnerabilidade clínico-funcional de pessoas idosas participantes de atividades na UNAPI-UFV. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal com amostra de pessoas idosas participantes em atividades na UNAPI. Para avaliação da vulnerabilidade clínico-funcional, utilizou-se IVCF-20, desenvolvido e validado para avaliação de oito dimensões (idade avançada, autopercepção de saúde, capacidade para realização de atividades da vida diária (AVD), cognição, humor, mobilidade, comunicação e comorbidades múltiplas) consideradas preditoras de declínio funcional. Cada seção tem uma pontuação específica de acordo com o desempenho da pessoa idosa e, ao total, perfaz um valor máximo de 40 pontos. Ao final, o risco de vulnerabilidade do indivíduo pode ser classificado como baixo (0 a 6 pontos), moderado (7 a 14 pontos) e alto (igual ou superior a 15 pontos). Resultados: Foram avaliadas 53 pessoas idosas, com média de idade de 70,2 anos (desvio padrão = 6,7 anos); dessas, 83,0% (n=44) eram mulheres. Foram classificadas com baixo risco de vulnerabilidade clínico-funcional 75,5% (n=40), com moderado 20,8% (n=11) e com alto 3,8% (n=2). As dimensões de maior comprometimento, respectivamente, foram a mobilidade (41,5%), o humor (32,7%), a cognição (26,4%), a de comorbidades múltiplas (22,6%) e a de capacidade para realização de AVD (13,2%). Conclusões: A maioria das pessoas idosas que frequentam a UNAPI apresenta baixo risco de declínio funcional. Esses achados corroboram com estudos que mostram a importância de oportunidades para a promoção do envelhecimento saudável, que incluem desde oportunidades de convívio social, de aprendizado contínuo, de intergeracionalidade até a prática de atividade física. Essas oportunidades contribuem para que a pessoa idosa permaneça ativa e inserida socialmente, o que previne a dependência para o cuidado. Nesse cenário, o trabalho desenvolvido pelo Programa de Extensão UNAPI tem grande contribuição, uma vez que cria essas oportunidades e promove a educação para o envelhecimento. |