Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20698

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Dimensões Econômicas: ODS9
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FUNARBE
Primeiro autor William Colatino Martins
Orientador VINICIUS RESENDE DE CASTRO
Outros membros Davi Ferreira Castro Cabral, Davih Barbosa Abranches, Rafael Silveira Gomes Cardoso, William Moreira de Oliveira
Título Análise da qualidade do látex natural de seringueira (Hevea brasiliensis) com adição de taninos vegetais.
Resumo A utilização de anticoagulantes ao látex natural extraído da Hevea brasiliensis, deve ser é recomendada para assegurar sua fluidez e qualidade até o processamento industrial para fabricação de fios e tecidos para a indústria têxtil. Tradicionalmente, utiliza-se amônia como anticoagulante, apesar de ter como desvantagens ser alergênica com relatos de irritações na pele, nos olhos e nas vias aéreas. Diante disso, surgem alternativas mais seguras e sustentáveis, como o uso de taninos vegetais. O presente estudo teve como objetivo avaliar as características do látex coletado na Ilha de Cotijuba (PA), utilizando três tratamentos: látex in natura (controle), látex com amônia e látex com taninos vegetais extraídos da Acacia sp. Os parâmetros avaliados foram odor, cor, fluidez e pH, visando testar a viabilidade de substituição da amônia como anticoagulante e conservante. A metodologia para análise de pH seguiu ISO 2005-1:2020, e de odor, avaliado em escala de 0 (putrefato) a 10 (fresco), sendo 5 o limite entre aceitável e desagradável; c) fluidez, analisada pela presença de espessamento ou grumos ao manusear o material. Os resultados indicaram que o látex in natura deteriorou-se rapidamente, com odor putrefato (nota 0), cor esbranquiçada com mofo, perda de fluidez e pH não mensurável. O látex com amônia apresentou odor forte e desagradável (nota 0), coloração esbranquiçada e pH médio de 7,75. Já as amostras com aplicação de taninos mantiveram alta fluidez mesmo após 180 dias, odor agradável semelhante a casca de árvore (nota 9), coloração amarronzada e pH médio de 8,15, indicando leve alcalinidade e boa estabilidade. Conclui-se que adição de taninos vegetais são eficazes na conservação do látex natural de seringueira, promovendo maior estabilidade físico-química e sensorial em comparação à amônia. Essa alternativa apresenta potencial para uso industrial, especialmente em cadeias produtivas sustentáveis e no setor têxtil. Entretanto, estudos adicionais são necessários para avaliar sua viabilidade econômica em larga escala.
Palavras-chave Amazônia, Borracha, Seringal nativo
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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