Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20608

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS2
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Deysimara de Cássia Santos
Orientador Sílvia Oliveira Lopes
Outros membros Dayane de Castro Morais, SILVIA ELOIZA PRIORE
Título Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional como ferramenta ao atendimento do Plano Nacional de Segurança Alimentar
Resumo Introdução: O enfrentamento da coexistência de múltiplas formas de má nutrição - desnutrição, carências nutricionais e excesso de peso - constitui diretriz central do III Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PLANSAN 2025-2027). O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) representa uma ferramenta estratégica para o monitoramento contínuo do estado nutricional e consumo alimentar da população, inclusive aqueles em situação de vulnerabilidade como os beneficiários do Programa Bolsa Família (PBF). Sua capacidade de gerar diagnósticos epidemiológicos e apontar tendências temporais o torna um instrumento importante para subsidiar políticas públicas. Objetivo: Avaliar como os dados referentes ao estado nutricional de beneficiários do PBF, monitorados pelo SISVAN, contribuem para o alcance da diretriz do III PLANSAN voltada ao enfrentamento da coexistência de múltiplas formas de má nutrição. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem quantitativa, com análise secundária de dados antropométricos de crianças menores de cinco anos, registrados no SISVAN referentes ao ano de 2024, com foco específico nos indivíduos beneficiários do PBF. Os dados foram obtidos na plataforma pública e-Gestor AB/SISVAN Web, considerando a estatura para idade (E/I) e as categorias nutricionais do Índice de Massa Corporal pela idade (IMC/I), sendo ambos classificados segundo os pontos de cortes propostos pela Organização Mundial da Saúde (2007). Resultados: Em 2024, o SISVAN registrou a avaliação antropométrica de aproximadamente 5.687.996 crianças de 0 a 5 anos beneficiárias do PBF, o que corresponde a uma cobertura estimada de 90% em relação ao total de crianças nessa faixa etária inscritas no programa. A análise dos indicadores de estado nutricional, com base na E/I, revelou que, 11,67% das crianças estavam com baixa estatura para a idade recomendada. Já em relação ao IMC/I, 5,29% das crianças estavam em situação de magreza, 62,57% eutrofia e 32,15 com excesso de peso. Quando os dados foram estratificados por regiões brasileiras, o Nordeste apresentou maior prevalência de crianças com baixo peso (6,87%), seguido pela região Centro-Oeste (5,86%). Já em relação ao excesso de peso, a região Nordeste também apresentou a maior prevalência (15,97%), seguida pela região Sul (13,91%). Conclusão: Esses achados ilustram a coexistência de múltiplas formas de má nutrição no mesmo grupo populacional e no mesmo território, sendo um dos principais desafios de enfrentamento estabelecidas pelo III PLANSAN, caracterizando esta ferramenta como estratégica para diagnóstico e monitoramento de metas estabelecidas no plano, como a Promoção da Alimentação Adequada e Saudável para combater todas as formas de má nutrição. A elevada cobertura do SISVAN, na população dessa faixa etária, evidencia seu potencial de vigilância e de subsídio à formulação e ao monitoramento de políticas públicas voltadas à segurança alimentar e nutricional.
Palavras-chave Estado Nutricional, Vigilância nutricional, Primeira infância
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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