| Resumo |
Introdução: A Hipertensão Arterial (HA) e o Diabetes Mellitus (DM) são as doenças crônicas de maior prevalência no Brasil, o que exige um acompanhamento contínuo, principalmente no contexto da Atenção Primária à Saúde (APS), que é a porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS). Conhecer o perfil sociodemográfico de indivíduos atendidos pelas unidades de saúde é fundamental garantir a adesão dos pacientes ao tratamento e às possíveis intervenções. Objetivos: Descrever o perfil sociodemográfico de indivíduos com DM e/ou HA, atendidos pela APS de um bairro do município de Viçosa-MG, visando construir estratégias de intervenções de promoção de saúde e prevenção de agravos. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal realizado com indivíduos participantes de oficinas educativas de uma Unidade de APS do município de Viçosa-MG. A coleta de dados foi realizada através de entrevistas utilizando um roteiro semiestruturado, com questões sobre variáveis sociodemográficas relacionadas à idade, sexo, raça, nível de instrução, ocupação, renda, estado civil, localização da residência, situação, uso de internet e se faz parte de algum grupo comunitário, além de medidas antropométricas como peso, altura e IMC. A equipe responsável pela aplicação das entrevistas passou por uma capacitação prévia dos pesquisadores. Resultados: A população é composta principalmente por mulheres (63,16%), com idade entre 60 e 69 anos (47,37%). A maioria dos participantes se declarou branca (68,42%) e com ensino fundamental incompleto (42,11%). Quanto à situação ocupacional 63,16% são aposentados, com renda mensal entre 1 e 2 salários mínimos (52,63%). No estado civil, 68,42% são casados. Em relação às condições de habitação, a maioria reside em área urbana (89,47%), em moradia própria (72,22%), com acesso à internet (78,95%). 52,63% dos participantes declarou não fazer parte de nenhum grupo comunitário ou tradicional, tratando-se da classificação do IMC, a maioria está com excesso de peso (57,89%). Conclusões: Os resultados encontrados, apontam para um perfil com predominância de pessoas com ensino fundamental incompleto, aposentadoria e renda mensal limitada e excesso de peso. Estes achados são indicadores de vulnerabilidade social, o que deve ser levado em consideração para a construção de estratégias de intervenção assertivas, que considerem as necessidades e particularidades deste público. Ademais, a baixa escolaridade e renda limitada podem predispor estes indivíduos a escolhas alimentares menos saudáveis, devido ao acesso reduzido a informações de saúde como, boa alimentação, atividade física e cuidados preventivos, favorecendo o excesso de peso. |