| ISSN | 2237-9045 |
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| Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
| Nível | Graduação |
| Modalidade | Pesquisa |
| Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
| Área temática | Dimensões Ambientais: ODS12 |
| Setor | Departamento de Ciências Sociais |
| Conclusão de bolsa | Não |
| Apoio financeiro | CNPq |
| Primeiro autor | Maria Laura Emiliano Ferreira |
| Orientador | TADZIO PETERS COELHO |
| Outros membros | TADZIO PETERS COELHO |
| Título | Efeitos socioambientais e socioeconômicos da instalação da indústria da BYD em Camaçari (BA): um comparativo com a Ford |
| Resumo | A transição energética desponta como um dos escapes sistêmicos à crise climática, em busca de promover a mudança da matriz energética à base de combustíveis fósseis para a energia elétrica. Nesse sentido, inúmeras multinacionais têm investido em inovações tecnológicas com baixa emissão de gás carbônico, o qual é considerado um dos principais gases causadores do aquecimento global. A empresa chinesa Build Your Dreams (BYD) tem impulsionado o mercado de automóveis elétricos e fundou sua primeira indústria em solo brasileiro no início de julho de 2025, na cidade de Camaçari (BA), a qual é a primeira instalação da BYD a produzir veículos híbridos flex no mundo. A chegada de uma indústria automobilística estrangeira em Camaçari (BA) não é novidade, tendo em vista que o município sediou a fábrica da Ford até 2021. Este projeto de pesquisa tem como objetivo analisar quais os efeitos socioeconômicos e socioambientais embutidos na instalação da indústria da BYD em Camaçari, comparando-os aos efeitos da instalação da indústria da Ford na mesma região. As duas empresas apresentam algumas diferenças: a primeira é uma multinacional chinesa fundada em 1995 a produzir automóveis (mas não somente) elétricos, e a segunda é uma multinacional estadunidense criada em 1903, fabricante de veículos à combustão. A produção de veículos elétricos têm crescido em todo o mundo, haja vista que suas vendas aumentaram 650% entre 2014 e 2019, e no ano de 2022 o mercado chinês representou 58,7% das vendas globais de veículos elétricos e híbridos. As iniciativas em prol da transição energética pressionam a cadeia produtiva da mineração, pois os veículos elétricos consomem seis vezes mais minerais críticos do que os veículos que utilizam combustíveis fósseis. Dessa forma, os países detentores dos minerais críticos essenciais para a produção de tecnologias com baixa emissão de gás carbônico têm se tornado alvo de expropriação mineral. A América Latina tem atraído olhares de inúmeras companhias ao dispor de 56% das reservas mundiais de lítio, um dos principais minerais críticos procurados por suas características físico-químicas ideais para baterias. Munida da teoria da dependência, se faz possível enxergar que as multinacionais costumam ser incentivadas a adentrarem países dependentes através de isenções fiscais e outras vantagens de cunho econômico oferecidas pelos governos destes países; por outra ótica este mecanismo representa a transferência de mais-valia calcada na superexploração do operariado e a precarização do trabalho. Nesse sentido, se tratando de uma etapa da cadeia minerária, a instalação da indústria traz implicações sobre o consumo de recursos naturais, a exploração da mão de obra, o impacto sobre os territórios e populações, os processos migratórios, entre outros. |
| Palavras-chave | BYD, Camaçari (BA), meio ambiente |
| Forma de apresentação..... | Painel |
| Link para apresentação | Painel |
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