| Resumo |
INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição crônica, caracterizada por níveis de pressão arterial iguais ou superiores a 140/90 mmHg. De caráter multifatorial, envolve fatores genéticos, ambientais, além de hábitos de vida e estresse. Nesse aspecto, entender o perfil desses elementos entre os servidores, torna-se essencial para o desenvolvimento de estratégias de promoção da saúde, voltadas para esse público. OBJETIVOS: Analisar níveis de estresse, hábitos de vida e HAS entre servidores técnico-administrativos da Universidade Federal de Viçosa. METODOLOGIA: Este estudo faz parte da pesquisa ampliada intitulada “Perfil de Saúde, Qualidade de Vida e Risco Ocupacional de Servidores da Universidade Federal de Viçosa”, aprovada pelo Comitê de Ética sob o parecer nº 6.416.821. A amostra foi composta por 308 servidores do campus Viçosa, definida a partir de uma população de 1.556 servidores, considerando 95% de confiança e margem de erro de 5%. A seleção dos participantes foi aleatória, respeitando a proporção dos diferentes níveis funcionais, Cada sorteado foi contatado por três vezes e, em casos de não resposta, houve substituição. As entrevistas foram agendadas e conduzidas com questionários estruturados sobre saúde, condições de trabalho e qualidade de vida. Até o momento, 182 servidores participaram do estudo. RESULTADOS: Quanto ao perfil, observou-se uma diferença estatística significativa entre a HAS e a idade, sendo a maioria dos hipertensos (60,0%), indivíduos na faixa etária de 40 a 59 anos de idade, o que pode ser justificado pelo fato de ser a população mais numerosa na universidade. Embora sem significância estatística, a HAS é mais prevalente entre homens (63,3%), casados (66,7%), com mestrado (43,4%), técnicos de ensino médio (53,3%) e com mais de 5 anos de serviço na UFV (96,7%). Sobre os hábitos de vida, houve significância estatística quanto ao uso de medicamentos, mais comum entre hipertensos (93,3%). Curiosamente, nenhum hipertenso se declarou tabagista, mas, 36,7%, relataram consumo de álcool. A prática de atividade física foi mais comum entre os hipertensos (80,0%), e 33,3% afirmaram não se considerarem estressados. Por fim, em relação ao Índice de Massa Corporal (IMC), identificou-se prevalência de sobrepeso (20,6%) e obesidade (52,2%) entre os hipertensos. CONCLUSÕES: Os resultados apontam uma relação significativa entre a hipertensão arterial, especialmente com a idade e o excesso de peso. Embora nem todas as variáveis tenham demonstrado significância estatística, elas têm potencial de influenciar na condição. Esses resultados reforçam a importância de ações de prevenção e educação em saúde, por meio de uma abordagem integrada e contextualizada. |