| Resumo |
A aprendizagem é o processo pelo qual a pessoa adquire conhecimento. Para que ela ocorra de forma eficaz, existem diferentes tipos de métodos que auxiliam o indivíduo a concentrar, absorver, processar e reter novas informações. Sabe-se que, em um ciclo de aprendizagem, as atividades práticas são de extrema importância para concretizar o conteúdo. O presente estudo teve como objetivo analisar a contribuição de oficinas culinárias para a aprendizagem de alunos de graduação da Universidade Federal de Viçosa. As atividades contaram com a participação de estudantes do curso de Nutrição e incluíram três oficinas principais: “Leites Vegetais”, “Gastronomia Hospitalar” e “Recepção dos Calouros”. A primeira foi aberta ao público, enquanto as demais foram direcionadas a estudantes do curso. Todas as oficinas foram promovidas pelo Programa de Educação Tutorial em Nutrição (PET NUT). Ao final, foram coletados feedbacks por meio da plataforma Google Forms e também via oral. A “Oficina de Leites Vegetais” teve como foco apresentar os benefícios, o preparo e as aplicações dos leites de aveia e coco, com ênfase em alternativas para pessoas com restrição ao leite de vaca ou que buscam opções mais sustentáveis. Participaram nove pessoas, sendo que oito responderam ao formulário de avaliação. O feedback foi 100% positivo, com classificação “ótimo” para organização, clareza na comunicação, tempo para dúvidas, temas abordados, divulgação e condução pelos petianos. Os comentários elogiaram a criatividade e a disponibilização do conteúdo. A “Oficina de Gastronomia Hospitalar” abordou aspectos teóricos e práticos sobre dietas hospitalares. Contou com a presença de duas professoras do Departamento de Nutrição e Saúde, que compartilharam conhecimentos técnicos sobre o assunto e demonstraram a execução de preparações adaptadas ao ambiente hospitalar. Participaram nove estudantes, com sete respostas ao formulário. A oficina também recebeu 100% de avaliações positivas nos critérios de organização, conteúdo abordado e aplicabilidade profissional. Quanto à divulgação, 71,4% classificaram como “ótima” e 28,6% como “boa”. Já sobre o tempo prático, 71,4% avaliaram como “ótimo”, 14,3% como “bom” e 14,3% como “ruim”. Entre as sugestões, destacaram-se o desejo de maior tempo para a oficina e mais interação nas práticas. Por fim, a “Oficina de Recepção dos Calouros” teve como objetivo ensinar técnicas básicas de preparo de alimentos como arroz, feijão e frango desfiado, considerando que, para muitos estudantes, a vida universitária é a primeira experiência fora de casa. Nove calouros participaram e cinco responderam ao feedback, que foi totalmente positivo. Todos os aspectos avaliados foram classificados como “ótimos”. Conclui-se que oficinas culinárias que contam com o auxílio dos participantes nas preparações ajudam a fixar conteúdos teóricos, melhorando a aprendizagem do participante. |