Das Montanhas de Minas ao Oceano: Os Caminhos da Ciência para um Futuro Sustentável

20 a 25 de outubro de 2025

Trabalho 20298

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Dimensões Sociais: ODS3
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Ana Julia Brandão Moreira
Orientador CERES MATTOS DELLA LUCIA
Outros membros Alex Filipe Ramos de Sousa, Camilo Jose Ramirez Lopez, Lívia Carvalho Sette Abrantes, Thaís Cupertino Fialho
Título Camu-camu (Myrciaria dubia) em pó associado à creatina: caracterização nutricional e efeito no balanço oxidativo e inflamação em ratos Wistar submetidos a exercício resistido
Resumo O treinamento resistido promove ganhos de força e massa muscular e, a depender da intensidade, pode elevar a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) e a inflamação, favorecendo o estresse oxidativo e danos musculares. Alimentos ricos em compostos bioativos com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias e suplementos alimentares podem auxiliar na redução desses efeitos. Nesse contexto, o camu-camu (Myrciaria dubia), rico em flavonoides, como as antocianinas, e a creatina, conhecida por seu efeito ergogênico e potencial antioxidante, destacam-se como possíveis moduladores desse processo. Assim, este estudo teve como objetivo investigar os efeitos da associação entre camu-camu e creatina sobre o estresse oxidativo e na histomorfometria do bíceps braquial de ratos Wistar submetidos a treinamento resistido. Foram utilizados 64 ratos Wistar machos, distribuídos aleatoriamente em oito grupos: grupo controle (dieta padrão-AIN 93M) treinado e não treinado (AIN-93M T e AIN-93 NT), grupo creatina treinado e não treinado (Cr T e Cr NT) com AIN-93M suplementada de 300 mg/kg peso de creatina na primeira semana e 50 mg/kg peso nas semanas seguintes; grupo Camu-camu treinado e não treinado (CC T e CC NT), com AIN-93M suplementada de 200 mg/kg/peso do animal/dia de camu-camu em pó; grupo Creatina treinado e não treinado (Cr T e Cr NT); e grupo Camu-camu + Creatina treinado e não treinado (CCCr T e CCCR NT), nas mesmas concentrações citadas anteriormente. O protocolo consistiu em treinamento resistido por escada vertical, três vezes por semana durante oito semanas. Ao final do protocolo, 48 h depois do último treinamento, foi coletado tecido muscular do bíceps braquial para análises de superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), glutationa transferase (GST), malondialdeído (MDA), óxido nítrico (ON) e proteína carbonilada (PC) e histomorfometria para avaliação da presença de infiltrado inflamatório. O estudo recebeu aprovação da Comissão de Ética em Pesquisa com animais da Universidade Federal de Viçosa (08/2024). Observou-se que o grupo CCCr T destacou-se entre os treinados com os maiores níveis de defesa antioxidante (SOD e CAT), enquanto o CCCr NT apresentou maiores níveis de GST entre os não treinados. O estudo indicou que o exercício elevou os níveis de ON, PC e GST, especialmente nos grupos Cr T, CC T e CCCr T. Menores níveis de MDA foram observados em Cr NT e CC NT. Não foram observados focos de infiltrado inflamatório no tecido muscular em nenhum dos grupos analisados. A associação de camu-camu e creatina apresentou efeito positivo na modulação do balanço e da inflamação, podendo representar uma estratégia nutricional promissora para auxiliar na recuperação muscular, na redução do estresse oxidativo e na melhora do desempenho, além de valorizar um recurso natural da biodiversidade brasileira.
Palavras-chave Rendimento, antioxidantes, estresse oxidativo
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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