“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 17504

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Inteligência Artificial
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Fabiola Alves Alcantara
Orientador RODRIGO SIQUEIRA BATISTA
Outros membros Eugênio da Silva
Título Seria ético “matar” um robô dotado de Inteligência Artificial e autoconsciência?
Resumo Introdução. O avanço tecnológico tem subsidiado discussões de distintas ordens acerca do aprimoramento das relações homem-máquina – com destaque para os problemas éticos –, as quais influenciam manifestações artísticas dirigidas à integração dos robôs dotados de Inteligência Artificial (IA) ao convívio social. Objetivo. Correlacionar as questões éticas de duas obras de arte que envolvem a temática homem-máquina, no que diz respeito aos robôs humanoides inteligentes e autoconscientes. Metodologia. (1) análise do livro “Máquinas como eu: e gente como vocês” (2019), de Ian McEwan (tradução: Jorio Dauster; editora Companhia das Letras); (2) exame do filme “Life like” (2019), de Josh Janowicz (direção e roteiro); (3) Correlação das duas produções, em suas interseções éticas, associando-as às recentes declarações de Blake Lemoine (2022), engenheiro do Google, sobre emergência de uma IA (auto)consciente. Resultados. No livro, Charlie, 33 anos, compra um robô, Adão, e usa-o para estreitar a relação com Miranda, sua namorada. O robô aprende comportamentos – sobre os quais também reflete – para uma adequada convivência com o casal. Entretanto, desenvolve afeto por Miranda, o que culmina no estabelecimento de um “triângulo amoroso”. A situação se torna ainda mais complexa quando as ações de Charlie e Miranda entram em conflito com o senso de justiça altamente “kantiano” de Adão. Na obra cinematográfica, James e Sophie, jovens recém-casados, experimentam alguns desentendimentos, em sua vida conjugal, a partir do momento em que o rapaz herdou a fortuna e os negócios do seu pai. Como forma de tentar “suprir” sua ausência e “prover” companhia para Sophie, Charlie – em comum acordo com sua esposa – decide comprar um robô chamado Henry. Dotado de IA, este foi programado para obedecer aos seus donos. O robô habita a casa e desempenha suas funções de forma impecável. Nessa relação, James o encara como um objeto, enquanto Sophie estabelece uma relação humana com Henry, ensinando-o elementos atinentes ao pensar e ao sentir. No cerne de um conjunto de mal-entendidos, ocorre o desenlace da película. Ambas as obras colocam em questão os limites da relação homem-máquina e da consideração ética devida aos robôs autoconscientes. Tal temática adquiriu maior evidência, recentemente, com a declaração de Blake Lemoine: o sistema LaMDA (Language Model for Dialogue Applications) “desenvolveu consciência e deletá-la seria um ato de assassinato”. Após o grave anúncio o engenheiro foi afastado de suas atividades no Google. Conclusão. Nas duas obras – livro e filme – há passagens nas quais os humanos se mostram profundamente afetados pelas atitudes dos robôs, ao ponto de pensarem em excluí-los do convívio social, seja desligando seu “sistema operacional” ou eliminando seu “aparato cognitivo”. Tal desfecho – morte? – seria correto? Ou, em outros termos, seria o extermínio – homicídio? – de um robô dotado de IA e detentor de autoconsciência eticamente defensável?
Palavras-chave Ética, Inteligência Artificial, Robótica.
Forma de apresentação..... Vídeo
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