“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16985

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Solos
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Leticia Carvalho Passos
Orientador RAPHAEL BRAGANCA ALVES FERNANDES
Outros membros IRENE MARIA CARDOSO, Maria Inês Cotrim Dias, Sinthia Luzia de Oliveira
Título Cozinha Escola Comunitária: processos educativos para a construção da autonomia de beneficiadoras de alimentos agroecológicos
Resumo A produção de alimentos processados bem como sua ampla comercialização são, muitas vezes, restritas aos grupos que possuem capital suficiente para se adequar às leis sanitárias. Dessa forma, uma parcela de trabalhadores artesanais responsáveis, sobretudo, pela produção de alimentos processados tradicionais, tem a comercialização de seus produtos restritos, sem acesso à mercearia, mercados e feiras. Como forma de mitigar os efeitos dessa problemática aos produtores da região da Zona da Mata, principalmente de Viçosa-MG, a Cozinha Escola Comunitária foi criada obedecendo todas as leis sanitárias. Nesse contexto, uma das frentes de trabalho do projeto intitulado “Fortalecimento e Ampliação da Agroecologia na Zona da Mata”, se relaciona com as atividades voltadas para a Cozinha Escola Comunitária, a fim de incentivar as práticas agroecológicas no processamento de alimentos, através de processos de formação com vistas às mulheres e juventude. Até agora, foram realizadas cerca de 13 reuniões semanais para organização e mobilização das ações realizadas pelas mulheres que estão produzindo na Cozinha Escola Comunitária. Desde o início, por ocasião das reuniões com o grupo envolvido, estão sendo registrados os temas considerados como de maior relevância para serem tratados nas oficinas e nas cartilhas. Ao longo dos últimos meses, foram realizadas seis oficinas: 1. Compostagem e Minhocário para a destinação agroecológica dos resíduos orgânicos; 2. Complexo Cozinha, 5S e 8S; 3. Facilitação de atividades educativas na culinária; 4. Produção de biscoito de nata; 5 e 6. Beneficiamento de jaca verde. Duas cartilhas foram redigidas até o momento para acompanhar algumas das oficinas (“Beneficiamento de Jaca Verde” e “Manual Ilustrado de Compostagem e Minhocário”). Com o foco na transição agroecológica para alimentos processados, uma cartilha está sendo desenvolvida abordando as boas práticas na agroindústria, incluindo especificações da legislação de orgânicos. As atividades desenvolvidas até o momento têm apoiado a economia solidária local e compartilhado técnicas para o fortalecimento da produção de alimentos processados agroecológicos. Adicionalmente, tem estimulado a produção artesanal e o beneficiamento de alimentos agroecológicos, ampliando as possibilidades de utilização dos alimentos produzidos por produtoras/es locais. Em especial, as atividades pedagógicas realizadas têm fortalecido e gerado autonomia às mulheres de maneira que elas iniciaram a realização de oficinas, compartilhando suas receitas, técnicas e experiências no processamento de alimentos agroecológicos. Da experiência vivenciada, entende-se como fundamental os processos de formação desenvolvidos para multiplicar e fortalecer as práticas agroecológicas no beneficiamento de alimentos, semeando a autonomia das/os produtoras/es, realizando capacitações e oferecendo apoio à produção e comercialização de alimentos processados.
Palavras-chave agroecologia, agroindústria, mulheres
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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