“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16772

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Físico-Química
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Beatris Mendes Serrano
Orientador MARCIA CRISTINA TEIXEIRA RIBEIRO VIDIGAL
Outros membros LUIS ANTONIO MINIM, Malú de Andrade Marques
Título Caracterização física e química de óleo de babaçu refinado (Orbignya speciosa)
Resumo A busca por fontes alternativas de óleos vegetais com qualidade nutricional e melhores propriedades tecnológicas e funcionais tem sido um desafio para a indústria de alimentos. O óleo de babaçu é encontrado facilmente nas regiões norte e nordeste do Brasil e possui um grande potencial de uso na indústria. No entanto, suas características físico-químicas, nutricionais e tecnológicas são pouco descritas na literatura. Este trabalho teve como objetivo avaliar propriedades físicas, químicas e a estabilidade térmica e oxidativa de duas marcas comerciais (A e B) de óleo de babaçu refinado e prensado a frio. Foram realizadas as análises físico-químicas: índice de acidez, peroxido, saponificação, iodo, umidade, cinzas, densidade, viscosidade e índice de refração à 25°C seguindo as metodologias descritas pelo Instituto Adolfo Lutz, 2008. Os resultados obtidos para as análises foram respectivamente 1,91 e 0,62% em ácido láurico, 3,37 e 5,53 meq O2/kg de óleo, 202,58 e 212,11 mg KOH/g de óleo, 14,56 e 13,52 g I2 por 100g de óleo, 0,52 e 0,02% de umidade, 0,05 e 0,05% de cinzas, 0,92 e 0,91 g/cm³, 44,88 e 48,91 mPa.s, 1,46 e 1,46 para as marcas A e B, respectivamente. Os valores obtidos das análises físico-química estão dentro dos limites permitidos pelo Codex Alimentarius. A partir da análise de cor utilizando colorímetro Color Quest XE, obteve-se coordenadas colorimétricas que indicaram que a tonalidade do óleo A é mais próxima do amarelo do que o da marca B. O perfil de ácidos graxos e triglicerídeos foi obtido por cromatografia gasosa e revelou que os ácidos graxos do óleo de babaçu são predominantemente saturados (85,16% em A e 86,07% em B), sendo o ácido láurico (L) o de maior porcentagem (44,80% A e 45,44% B), seguido de míristico (M), oleico (O) e caprílico (C); os triglicerídeos predominantes foram: LLL, CLL e LLM. A estabilidade térmica foi determinada por meio das curvas termogravimétricas TG/DTG e a partir de 232°C (A) e 217°C (B) notou-se uma perda de massa acentuada (>2%). Quanto a estabilidade oxidativa avaliada pelo método do Rancimat, o período de indução (h) foi 27,85 h e 12,88 h para A e B, respectivamente. O teor de compostos fenólicos (0,09 e 0,06 mg ácido gálico/ g), teor de carotenoides totais (1,3 e 2,39 μg β-caroteno/g) e de radicais antioxidantes DPPH (108,43 e 94,29 µMol trolox/g) para as marcas A e B, respectivamente, são fundamentais para auxiliar na estabilidade oxidativa do óleo, pois atuam como antioxidantes naturais que preservam a qualidade do produto. No entanto, há diferentes significativas entre as marcas A e B. Fatores como clima, solo, práticas agrícolas e aspectos genéticos podem afetar a composição das sementes. O óleo de babaçu pode ser considerado de boa qualidade físico-química e por apresentar compostos bioativos possui características nutricionais interessantes. Desta forma, as propriedades físicas, químicas, térmicas e oxidativas do óleo de babaçu evidenciam seu potencial de aplicação na indústria de alimentos.
Palavras-chave estabilidade térmica, estabilidade oxidativa, compostos bioativos
Forma de apresentação..... Vídeo
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