“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16670

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Fabio Araujo Gomes de Castro
Orientador LEANDRO DAVID WENCESLAU
Outros membros DEBORA CARVALHO FERREIRA
Título Abordagem do Sofrimento Mental Comum em programas de residência de Medicina de Família e Comunidade de Minas Gerais: percepções e demandas formativa
Resumo INTRODUÇÃO: O sofrimento psíquico se apresenta sob diversas formas na Atenção Primária à Saúde (APS), seja como condições de caráter leve a moderada ou como transtornos graves e persistentes. A primeira apresentação e mais prevalente é conhecida como Sofrimento Mental Comum (SMC), uma síndrome clínica caracterizada por sofrimento mental que apresenta três dimensões de sintomas que se combinam: tristeza/desânimo, ansiedade e sintomas físicos. Médicos e Médicas de Família e Comunidade, especialistas para atuar na APS, tem posição privilegiada para prestar cuidados em saúde mental, e estudos evidenciam que a maior parte das condições de saúde mental são manejadas exclusivamente por profissionais da APS e não pelos especialistas focais em saúde mental. OBJETIVO: Investigar o processo de ensino-aprendizagem e a abordagem do SMC em programas de residência em Medicina de Família e Comunidade (MFC) de Minas Gerais (MG) a partir da percepção de residentes e preceptores. MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo descritiva-exploratória. A coleta de dados ocorreu em ambiente virtual, por meio de videoconferência, com oito preceptores e oito residentes de três programas de residência médica em MFC do estado de MG: o programa da Universidade Federal de Ouro Preto, da Universidade Federal de Viçosa e do Hospital Metropolitano Odilon Behrens. Foram realizadas entrevistas orientadas por roteiros semiestruturados de aprofundamento elaborados pelos pesquisadores e entrevista projetiva, a partir de uma situação clínica criada pelo pesquisador. A análise dos dados foi realizada a partir dos princípios de análise de conteúdo temática segundo Braun e Clarke. RESULTADOS: A pesquisa encontra-se na fase de finalização da análise dos dados, mas já permite realizar alguns apontamentos. A maioria dos entrevistados refere conhecer um número limitado de intervenções psicossociais e se percebe com competência limitada para utilizar as ferramentas consolidadas na abordagem do SMC. Em relação aos dificultadores na abordagem do SMC foi relatado, com frequência, a grande pressão assistencial nos locais de trabalho. Nota-se, a partir das falas, lacunas importantes na formação durante graduação e residência. Entre os poucos participantes que disseram se sentir mais confortáveis e seguros para abordagem do SMC nota-se um papel importante da graduação, por meio de iniciativas de docentes sensíveis ao tema. Um sentimento comumente relatado foi a sensação de “carga emocional pesada” durante essas consultas. CONCLUSÕES: É necessário o aprimoramento da formação em relação ao SMC, a partir da adequação dos currículos dos programas de residências de MFC e da graduação em medicina, bem como a capacitação dos preceptores. Sugere-se que os programas de residência médica em MFC fomentem o desenvolvimento de competências para a abordagem de SMC, formando profissionais também com habilidades para o manejo não farmacológico dos transtornos mentais.
Palavras-chave Transtornos Mentais, Medicina de Família e Comunidade, Intervenção Psicossocial
Forma de apresentação..... Painel
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