“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16390

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Engenharia mecânica
Setor Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FUNARBE, Outros
Primeiro autor Júlio Barros Lima
Orientador GEICE PAULA VILLIBOR
Outros membros Arthur Vinícius Ribeiro França, Bernardo Kreischer de Macedo Sartori, Iago Paiva Ottoni, Igor de Paula Mendes
Título Análise térmica do disco de freio de um veículo off-road tipo baja
Resumo Um dos fatores mais relevantes para um sistema de freios a disco é sua capacidade de dissipar o calor gerado durante a frenagem. Para um veículo de competição tipo baja, há uma troca constante de componentes, como o disco de freio. Esse item está diretamente ligado à segurança, o que torna necessária uma atenção especial ao seu projeto para que não ocorra perda de desempenho, devido ao superaquecimento (fading). Dessa forma, objetivou-se com o presente trabalho realizar a análise térmica do disco de freio para guiar o projeto da equipe UFVbaja, evitando que o disco atinja temperaturas próximas de 320 oC, o que garante que o sistema não sofra fading. Segundo Limpert (2011), a temperatura crítica para os discos se dá em frenagens repetidas, e não em uma frenagem de emergência. Assim, foi analisada a situação crítica de descida de serra e frenagens constantes, com um piloto de 109 kg. Para o cálculo das condições de contorno foi considerada que toda energia cinética do carro é convertida em energia térmica através do atrito pastilha/disco e a forma de resfriamento do calor ocorre por convecção forçada, sendo as perdas por condução e radiação desprezíveis. Desse modo, foi possível calcular a potência térmica gerada na região de contato das pastilhas. Foi utilizado o software Ansys Workbench® no qual foi realizadas uma análise transiente, variando a potência térmica gerada nos intervalos de tempo para, simular a condição desejada repetidas vezes. Além disso, foi definida uma temperatura inicial de 22 ºC e um coeficiente convectivo de 250W/M².ºC. Foi observado no gráfico que mostra a taxa de resfriamento ao longo do tempo, que após 28 frenagens o disco atinge a temperatura máxima de 316 ºC. Com este resultado, foi proposto alterações no modelo para melhorar a dissipação de calor no disco e se afastar ainda mais da temperatura de fading. Após um processo iterativo de mudança na disposição dos alívios e realização da análise estática, foi possível obter um modelo que atendeu as exigências estruturais do projeto e atingiu na simulação uma temperatura máxima de 294 oC. Com isso, foi obtido uma dissipação de calor 7% mais eficiente e uma redução de massa de 130g em relação ao último modelo, projetado pela equipe. Ainda, foi feito um teste prático com auxílio de um termômetro infravermelho para obter a temperatura máxima do disco na situação de maior estresse térmico, a qual apresentou um erro próximo de 8% e valores inferiores aos obtidos na simulação. Esta diferença era esperada e é considerada razoável para validar o modelo, dado à variabilidade dos parâmetros e do processo de medição. Dessa forma, conclui-se que os resultados obtidos foi relevante e contribuiu para o projeto de um disco de freio mais confiável para a equipe.
Palavras-chave Metodologia de projeto, Freio a disco, Fading
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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