“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16129

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Ciência e tecnologia de alimentos
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Muhammad Alhaji Adamu
Orientador JANE SELIA DOS REIS COIMBRA
Outros membros Camila Rodrigues Carneiro, CESAR AUGUSTO SODRE DA SILVA, DILSON NOVAIS ROCHA, EDIMAR APARECIDA FILOMENO FONTES
Título Caracterização físico-química do óleo de palma (Elaeis guineensis) bruto e degomado.
Resumo O fruto do dendezeiro, conhecido como dendê (Elaeis guineensis), é um fruto pequeno, oval, de cor avermelhada, que cresce em cachos de várias centenas, próximo ao tronco da palmeira. Cada fruto compreende uma camada externa oleosa e carnuda (mesocarpo) com a semente, denominada de palmiste. O fruto do dendê está entre as fontes vegetais economicamente mais importantes para a produção de óleos comestíveis e industriais em todo o mundo. O óleo de palma bruto apresenta uma composição rica em ácidos graxos e triacilgliceróis. Contém também alguns componentes menores, como ácidos graxos livres, monoacilgliceróis, diacilgliceróis, metais, fosfolipídios, peróxidos, clorofilas, carotenoides, compostos fenólicos e tocoferóis. Tais compostos podem levar ao escurecimento dos óleos, bem como ao aparecimento de sabores indesejáveis, interferindo na qualidade e estabilidade do óleo bruto. Portanto, o presente estudo objetivou determinar as propriedades físico-químicas do óleo de palma bruto e degomado, por meio da análise dos índices de acidez, peróxido, saponificação, iodo e refração e do conteúdo de carotenoides totais. A degomagem diminuiu pela metade o índice de peróxidos sem alterações significativas nos índices de saponificação, iodo e refração, que estão associados à composição química do óleo. O índice de acidez do óleo de palma bruto foi de 2,79 ± 0,21 mg KOH/g e o do óleo degomado foi de 4,31 ± 0,06 mg KOH/g. O aumento no índice de acidez é devido ao aquecimento e incorporação de ácido fosfórico durante a degomagem e à não neutralização da amostra ao final do processo. A concentração de carotenoides no óleo de palma degomado foi de 589,66 ± 0,01 µg/g e a do óleo bruto foi de 607 ± 0,01 µg/g. A termossensibilidade e o arraste de parte de carotenoides durante as etapas de separação de gomas e fosfolipídios reduziu a quantidade de pigmentos no óleo degomado. Observou-se que o óleo de palma bruto analisado estava em boas condições, uma vez que os índices de acidez e peróxidos determinados estavam dentro do limite estabelecido na legislação para óleos vegetais comestíveis, bem como os demais parâmetros avaliados, aproximaram-se dos encontrados na literatura. Verificou-se que a etapa de degomagem para remoção de fosfolipídios é relevante para manter a qualidade do óleo de palma. Portanto, o óleo degomado apresentou propriedades físico-químicas excepcionais e qualidade superior, sendo, assim, adequado para uso tanto na indústria alimentícia quanto em aplicações não alimentícias.
Palavras-chave óleos vegetais, degomagem ácida, qualidade.
Forma de apresentação..... Vídeo
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