“Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil e 96 anos de contribuição da UFV”.

8 a 10 de novembro de 2022

Trabalho 16015

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Enfermagem
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Rosana da Silva Pereira Paiva
Orientador PEDRO PAULO DO PRADO JUNIOR
Outros membros BRUNNELLA ALCANTARA CHAGAS DE FREITAS, Isis Milani de Sousa Teixeira, MARA RUBIA MACIEL CARDOSO DO PRADO, Patrícia Colli Francisco
Título Conhecimento de mulheres a respeito da violência obstétrica
Resumo Introdução: A Violência Obstétrica (VO) consiste em qualquer conduta, ato ou omissão por profissional de saúde que desrespeite o corpo e os processos reprodutivos das mulheres direta ou indiretamente, por meio de tratamentos violentos (físicos, verbais ou psicológicos). Exercidos a partir da medicalização, assistência insensibilizada e abusiva, práticas intervencionistas desnecessárias, assim como a patologização do processo fisiológico da parturição, com consequente perda de autonomia da parturiente em decidir livremente sobre seu corpo. Estudos apontam que 25% das mulheres sofrem VO durante a assistência ao pré-natal, trabalho de parto ou parto. A VO pode causar mortalidade materna em consequência de hemorragias e infecções pós-parto ou deixar sequelas psicológicas (depressão, ansiedade, medo, insegurança, culpa, baixa autoestima) ou físicas, e, sobretudo, o déficit com o cuidado do bebê. Objetivos: Avaliar o conhecimento de mulheres sobre violência obstétrica. Metodologia: Estudo transversal, descritivo-exploratório, quantitativo, realizado em um hospital da Zona da Mata Mineira, Brasil. O estudo faz parte de um projeto maior aprovado no Comitê de Ética e Pesquisa (Parecer: 5.226.422). A coleta de dados aconteceu no período de março a junho de 2022, por meio de questionário semiestruturado e entrevista, gravada e transcrita na íntegra. Neste estudo utilizou-se dados preliminares a partir da pergunta “Você sabe o que é violência obstétrica?” Resultados: Após análise simples de 96 entrevistas, observou-se que 57,30% responderam que têm conhecimento sobre o termo, 31,25% não sabem o que é e 11,45% já ouviram falar sobre VO. A partir desses dados, fica evidente o desconhecimento de grande parte das mulheres a respeito do conceito. O conhecimento sobre VO pode auxiliar no empoderamento das mulheres na tomada de decisões mais conscientes em relação ao seu trabalho de parto e parto, a exigir a garantia de seus direitos e a identificar ou perceber atos de VO. Por outro lado, o desconhecimento sobre VO pode levar a ausência de questionamentos e à submissão passiva a condutas que podem culminar no sofrimento desse tipo de violência, por vezes sem se perceberem como vítimas do ocorrido, com danos consequentes para a mulher, criança e família. Conclusões: O desconhecimento das mulheres pode justificar o alto índice de VO, tornando-as vulneráveis a práticas abusivas, desrespeitosas, colocando-as à mercê de profissionais e técnicas ultrapassadas. Sendo assim, é essencial capacitação e atualização da equipe para orientar as mulheres, da melhor forma possível, desde as primeiras consultas de pré-natal. Cabe a todos os profissionais de saúde envolvidos na assistência à mulher no período de gravidez, parto e puerpério, informa-las sobre seus direitos e os benefícios de parir com o mínimo de intervenção, respeitando-as e dando-lhes total autonomia para decidirem sobre sua gestação e seu parto.
Palavras-chave Violência obstétrica, Percepção, Parto
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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