"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15949

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Lucas Rocha Dias
Orientador TATIANA SCHMITZ DUARTE
Outros membros ALAN PONTES POLVERINI, Daniela Tavares de Lima , FABIANA AZEVEDO VOORWALD, Mirtes Martins
Título Colectomia subtotal em felino com megacólon idiopático
Resumo Megacólon é o aumento persistente do diâmetro do cólon, associado à constipação crônica e à recorrente obstipação. Em felinos pode ser causada por traumas, neoplasias, estenose pélvica, entre outros. O diagnóstico é realizado por meio de exame radiográfico, constatando-se o diâmetro do cólon 1,5 vezes maior em relação ao comprimento do corpo da sétima vértebra lombar, somado ao histórico e ao exame clínico. Objetiva-se relatar o caso de uma paciente felina, SRD, castrada, 2 anos de idade, 3,5 kg, com histórico de constipação recorrente há 1 ano, tratada previamente com enemas e minilax. No exame físico observou-se desidratação de 6%, algia à palpação abdominal e presença de grande quantidade de conteúdo fecal em região pré-púbica. No exame radiográfico foi possível observar distensão colônica acima de 1,5x que a sétima vertebra lombar. Os exames hematológicos e bioquímicos encontravam-se dentro dos valores de normalidade. A paciente foi encaminhada para realização de laparotomia e colectomia subtotal. O intestino delgado distal, ceco e cólon foram isolados com compressas úmidas. Identificou-se a porção de cólon a ser removida e foram posicionadas quatros pinças de Doyen. Os vasos cólicos direito, médio e mesentério caudal foram ligados com fio Poliglecaprone 4-0. Foi realizada a ressecção obliqua em porção proximal do cólon ascendente proximal e do cólon descendente distal, preservando a válvula ileocólica. Foi realizada a anastomose término-terminal colo-cólica entre as porções preservadas do colón, com padrão simples separado utilizando fio Poliglecaprone 4-0, corrigindo a disparidade do tamanho luminal por meio de incisão longitudinal de 1,5cm. Em seguida foi realizada a omentalização da anastomose, laparorrafia e dermorrafia. A paciente permaneceu internada em fluidoterapia e jejum alimentar por 24h, seguidas de fornecimento de alimentação líquida e pastosa. É discutido na literatura se a junção ileocólica deve ou não ser preservada, visto que sua remoção facilita a migração de microrganismos colônicos ao intestino delgado com subsequente má absorção associada a diarreia mais grave e ou em alguns casos, crônica. Entretanto, a manutenção da junção ileocólica predispõem a recidiva do quadro de constipação e fecaloma. O prognóstico em felinos é bom, diferentemente dos cães que não apresentam boa resposta. Após sete dias, a paciente em questão apresentou-se alerta, sem algia abdominal, normoquesia e ausência de diarreia, recebendo alta hospitalar.O esclarecimento da etiologia do megacólon é de suma importância para a obtenção de um prognóstico, entretanto, felinos com megacólon idiopático apresentam disfunção generalizada da musculatura lisa do cólon que afeta a ativação os miofilamentos musculares, que com uma retenção de fezes por tempo prolongado pode provocar danos irreversíveis a essas fibras e nervos, o que acabará gerando a inércia. A colectomia subtotal com a preservação da junção ileocólica, é uma opção em casos de megacólon idiopático
Palavras-chave Megacolon, Colectomia sub-total, fecaloma
Forma de apresentação..... Painel
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