"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15919

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor CECILIA BRAGA DE SOUZA PEREIRA
Orientador FABIANA AZEVEDO VOORWALD
Outros membros ANA CAROLINA DE SOUZA MATEUS, Daniela Tavares de Lima , Mirtes Martins , VERONICA RODRIGUES CASTRO
Título Subluxação atlantoaxial e meningite em felino
Resumo A subluxação atlantoaxial é o deslocamento dorsal da parte cranial do axis gerando uma compressão medular, que pode ser diagnosticada por exame físico e neurológico, associados à exame radiográfico. Tal alteração pode ser congênita ou traumática e o paciente apresenta sinais neurológicos principalmente de neurônio motor superior. O tratamento pode ser conservador com imobilização cervical ou tratamento cirúrgico, com a artrodese entre atlas e áxis, associada à descompressão da medula. Objetiva-se relatar o caso de uma paciente felina, de 3 meses de idade, 700 gramas, resgatada, apresentando hipotermia, hipotensão, desidratação, anorexia, paralisia flácida dos membros pélvicos e torácicos, com dor profunda e nervos cranianos preservados, estado de consciência pouco reduzida, em decúbito lateral e uma ferida cutânea pequena em região cervical. Após 24h de tratamento de suporte, a paciente apresentou melhora da hipotensão, desidratação, porém a normotermia foi estabelecida após 72h de tratamento, associada à estado de consciência normal, normorexia, normúria e normoquesia, mantendo paralisia flácida dos membros. A paciente foi submetida à exame radiográfico, que evidenciou subluxação atlantoaxial. Devido ao porte e idade da paciente, optou-se por tratamento conservador, sendo realizada imobilização cervical da paciente com colar confeccionado com componente rígido, ataduras, algodão ortopédico e esparadrapo, repouso, antiinflamatório não esteroidal e analgesia. Após 24h da utilização da imobilização, a paciente iniciou recuperação dos movimentos dos membros progressivamente, porém, após 10 dias de imobilização, a paciente apresentou apatia, hiporexia, paraplegia, anisocoria e leucocitose por neutrofilia, com presença de neutrófilos tóxicos, sem alterações em exame radiográfico e ultrassonográfico. Após remoção do colar cervical para investigação, identificação do foco infeccioso, observou-se abscesso em região cervical. A paciente foi submetida à coleta de líquor cervical que resultou em pleiocitose neutrofílica moderada e aumento de proteínas. Devido aos sinais clínicos, exame físico, exame complementar e localização do abscesso, a paciente foi diagnosticada com meningite sendo prescrito meropenem 12 mg/kg, BID, subcutâneo, por 15 dias. Após 3 dias de antibioticoterapia, a paciente recuperou os movimentos e teve reversão da anisocoria. Paciente se encontra clinicamente bem e sem sinais neurológicos durante o acompanhamento. Conclui-se que o tratamento conservador da subluxação atlantoaxial, pode ser efetivo e com bons resultados em pacientes felinos jovens. Além disso, o diagnóstico correto e rápido das meningites bacterianas, favorece o tratamento e o prognóstico do paciente. Sendo importante o relato de caso, devido ao baixo número de publicações sobre o assunto.
Palavras-chave Infecção, compressão, cervical.
Forma de apresentação..... Painel
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