"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15917

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Thaís Fontes de Castro Lopes
Orientador LISSANDRO GONCALVES CONCEICAO
Outros membros ARINELLE FREIRE AUGUSTO, CAMILA APARECIDA LOPES, DRIELLY REIS EXPEDITO, FABIANA AZEVEDO VOORWALD
Título Carcinoma de Células Escamosas em Felino: Relato de Caso
Resumo O carcinoma de células escamosas (CCE) é uma neoplasia maligna comum em cães e gatos, associada à exposição solar crônica, ausência de pigmentação e pouca cobertura pilosa nas áreas acometidas. Geralmente o quadro é precedido por dermatite actínica, de aspecto eritematocrostoso, evoluindo para lesões ulceradas. Em felinos, mais de 80% das lesões se encontram na face, envolvendo comumente o plano nasal, pavilhão auricular e/ou pálpebras. Objetiva-se relatar um caso de CCE em felino atendido no HOV/DVT-UFV. Um felino de pelagem branca, macho, SRD, 8 anos, deu entrada no serviço com queixa de lesões pruriginosas e ulcerativas nos pavilhões auriculares há 6 meses, com evolução rápida nos últimos 15 dias anteriores à consulta. Tutor relatou normorexia, normoquezia, normuria, normodipsia e histórico de exposição solar frequente. Ao exame físico, os parâmetros vitais se encontravam dentro do intervalo de referência e observou-se uma lesão erosada e crostosa na extremidade distal da orelha direita e extensa lesão ulcerocrostosa na orelha esquerda. Foi coletado material para realização de hemograma, bioquímica sérica, teste rápido para FIV Ac/ FeLV Ag e citologia por decalque das lesões cutâneas. A citologia mostrou uma população celular composta por bactérias extra e intracelulares, neutrófilos, macrófagos, hemácias e células epiteliais poligonais pleomórficas, agrupadas ou isoladas, apresentando cromatina nuclear grosseira, nucléolos evidentes e amoldamento nuclear, sugestiva de neoplasia epitelial maligna e processo infeccioso bacteriano secundário. Os demais exames apontaram resultado positivo para FeLV, eosinofilia absoluta (2.675 cels/ul) e trombocitopenia (90.000 plq/ul). O diagnóstico definitivo foi baseado nos sinais clínicos achados citológicos e confirmação histopatológica, compatível com CCE. O tratamento instituído foi a conchectomia parcial, amoxicilina + clavulanato de potássio (20 mg/kg BID), meloxicam (0,05 mg/kg SID/2dias), dipirona (25 mg/kg SID/5dias) e cloridrato de tramadol (2mg/kg BID/5 dias), associado à terapia tópica (clorexidina spray 10 mg/mL) nas incisões cirúrgicas. Após 13 dias, os pontos foram retirados e o paciente recebeu alta clínica. O tutor recebeu instruções a respeito do uso contínuo de protetor solar veterinário e restrição da exposição solar, além de orientação em relação ao controle da retrovirose. Os sintomas apresentados pelo paciente conferem com os descritos em literatura, bem como a faixa etária de maior ocorrência. O CCE apresenta, nas fases iniciais, baixo potencial metastático e muitas vezes a excisão cirúrgica das lesões é o suficiente para promover sobrevida e qualidade de vida ao paciente, se associada aos cuidados de caráter preventivo. A conchectomia foi instituída nesse caso, com resultados satisfatórios e alta no 13º dia pós-operatório. Concluindo, relata-se um caso de CCE em felino, com sintomatologia e localização compatível com a descrita na literatura, tratado com sucesso pela excisão cirúrgica.
Palavras-chave neoplasia epitelial, conchectomia, felinos
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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