"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15915

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Instituto de Ciências Agrárias - Campus Rio Paranaíba
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq, Outros
Primeiro autor Raquel Aime Louroza Ribeiro
Orientador PEDRO IVO VIEIRA GOOD GOD
Outros membros Daniele Birck Moreira, MARCIO SANTOS SOARES, Sabrina Alves da Silva, VINICIUS GUIMARAES NASSER
Título Herdabilidade e correlações fenotípicas em compostos bioativos do café (Coffea arabica)
Resumo O café (Coffea arabica) é uma bebida consumida mundialmente devido, em grande parte, aos compostos bioativos. Os principais compostos bioativos presentes no café são a cafeína, o ácido cafeico, os ácidos clorogênicos e a trigonelina. O teor destes compostos influencia conjuntamente no aroma, amargor, adstringência e funcionalidade da bebida. No entanto, há poucas informações sobre parâmetros genéticos relacionados ao teor destes compostos em cultivares de café. O presente trabalho teve como objetivo estimar a herdabilidade de compostos bioativos e avaliar o grau de correlação entre estes. Foram utilizados 60 materiais genéticos de café delineados em blocos ao acaso com três repetições. Uma amostra de 5 L de café cereja de cada material foi separada e seca em terreiro suspenso. As amostras foram descascadas, separadas em peneira 17 e os defeitos foram eliminados. Uma amostra de 30 g de café foi pulverizada em moinho analítico e realizada uma extração aquosa a 80° C por 3 min. Para a determinação dos compostos, foi utilizado HPLC / UV-Vis. Foram utilizados os padrões de cafeína, ácido cafeico, ácido clorogênico (5-CQA) e trigonelina para obtenção da curva padrão. O teor final de cada substância foi obtido por integração da área do cromatograma. A herdabilidade foi determinada pelo método de Cullis, sendo os componentes de variância obtidos por modelos mistos via REML/BLUP. As correlações fenotípicas foram calculadas pelo método de Pearson. A variabilidade genética foi significativa (p < 0,001) para os compostos bioativos analisados. O CV variou de 9 a 13%, indicando boa precisão experimental. A herdabilidade média dos compostos bioativos foi de 0,76 ± 0,0123. As herdabilidades obtidas indicam que uma grande fração da variação fenotípica é devida a causas genéticas. Dessa forma, a seleção para o aumento ou redução dos compostos bioativos no café deve ser eficiente. As linhagens Catucaí 785/15, Acauã 7% e Bourbon Amarelo apresentaram os maiores teores de trigonelina. Catucaí - Açu, Siriema Vermelho, Bourbon Vermelho e Catucaí 785/15 apresentaram os maiores teores de 5-CQA. O menor teor de cafeína foi observado na linhagem Maracatiá, seguida pela linhagem Catuaí 66. Os menores teores de ácido cafeico foram encontrados nos materiais Maracatiá, Catucaí Vermelho e Águia (Catuaí/Catimor). As correlações entre cafeína, ácido cafeico, 5-CQA e trigonelina foram positivas e de baixa magnitude, porém de efeito significativo. Destaca-se a menor correlação entre 5-CQA e cafeína (0,14; p < 0,05) e a maior correlação entre trigonelina e 5-CQA (0,29; p < 0,001). A pequena magnitude da correlação entre os compostos bioativos indica que a resposta correlacionada na seleção para estes caracteres deve ser baixa. Este estudo demonstra a existência de variabilidade genética para os principais compostos bioativos no café. Entende-se ser o primeiro passo para o desenvolvimento de cultivares de café que atendam atributos específicos de qualidade.
Palavras-chave qualidade do café, HPLC, melhoramento genético
Forma de apresentação..... Vídeo
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