ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
Área temática | Antropologia |
Setor | Departamento de Ciências Sociais |
Bolsa | PIBIC/CNPq |
Conclusão de bolsa | Não |
Apoio financeiro | CNPq |
Primeiro autor | Noah Nunes dos Santos |
Orientador | FERNANDO FIRMO LUCIANO |
Título | (Re)existentes no tempo do antropoceno: a construção social do desastre e a percepção e gestão do risco na visão de diferentes atores |
Resumo | SANTOS, Noah¹; LUCIANO, Firmo² ¹Graduando em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Viçosa — CNPQ 2020–2021 — Noah.santos@ufv.br ²Professor Adjunto no Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de Viçosa — Fernando.firmo@ufv.br Apropriando-se do contexto societário de Barão de Cocais-MG, palco de um processo de desapropriação territorial ante o iminente risco de rompimento da barragem contida na mina de Gongo Soco (Vale/SA), indagamos um cenário onde a possibilidade do rompimento da barragem ocasionará um processo de iminente caos. Nesse cenário, em escala variadas e temporalidades distintas, diversas localidades serão devastadas: zona primária; zona secundaria para alcance da lama; zona de alto salvamento; demarcação de periculosidade a determinados ambientes da cidade, como: vias e igrejas; englobando cenários e sujeitos que perpassam os limites geográficos do município, alcançando Santa Barbara-MG e São Gonçalo do Rio Abaixo-MG. Cerca de 10 mil sujeitos vivem a ‘espera da lama’, e já experienciam as transformações sociais traduzidas em perdas que competem desde a arena subjetiva a física/objetiva. Assim, objetivamos, em um primeiro momento, analisar o modo que os efeitos propiciados pelas deliberações da mineradora Vale/SA são percebidos e experienciados pelos sujeitos pertencentes ao município de Barão de Cocais. Os dados em análise foram coletados, em tempos pandêmicos, em plataformas midiáticas, elaborando-as como locais de reivindicações, desabafos, recordações, lembranças, etc. O processo de desapropriação territorial ocasionado pela mineradora Vale/SA, redefine o contexto societário que engloba a localidade, como, também ocasiona a imposição de uma nova categoria de organização social: perda/medo, onde pelo incremento de causas externas — extração minerária — impõe-se aos sujeitos um estado de sofrimento e incerteza, obliterando e redefinindo a economia, cultura, história, etc. A dimensão ocasionada pelo sofrimento recobra a principal hipótese da pesquisa: a concepção de desastre/risco/catástrofe tocante a arena minerária, enquanto constructo de ordem eminentemente humana. O cenário de mineração, no imperativo de um cotidiano inconstante e incerto, revela um processo gestacional do que posteriormente há de efetivar uma ‘catástrofe’. O percebido, na elaboração da pesquisa, fora um grande intercambio de estruturas, um emaranhado de circunstâncias que se ocasionam além da matriz bio-físico-química. A intensidade deste tráfego de informações, das distintas desarticulações imateriais/subjetivas propiciadas pela ‘lama-invisível’ da mineradora (Vale/SA), revela sua capacidade destrutiva, também na arena física, findando: ritos/celebrações seculares; instituições culturais; o próprio ‘habitat’; demarcando fisicamente o medo pela cidade... — ocasionando passagem retilínea de um ambiente calmo/seguro/coeso socialmente, segundo moradores, a uma nova realidade, instaurando a fragilidade social em múltiplos âmbitos. |
Palavras-chave | Antropoceno, Mineração, Desastre. |
Forma de apresentação..... | Painel |
Link para apresentação | Painel |
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