"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15839

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Ana Carolina de Souza Mateus
Orientador TATIANA SCHMITZ DUARTE
Outros membros CECILIA BRAGA DE SOUZA PEREIRA, FABIANA AZEVEDO VOORWALD, THAMIRES FERNANDA RAMALHO MARQUES, VERONICA RODRIGUES CASTRO
Título Maxilectomia rostral e central esquerda associada à quimioterapia para tratamento de adenocarcinoma acinar em felino
Resumo A cavidade oral corresponde ao quarto local mais acometido por neoplasias em felinos, os quais, na maioria dos casos, correspondem às neoformações malignas. A mandibulectomia e maxilectomia são técnicas comumente indicadas para tratamento destas neoplasias. De acordo com a área a ser resseccionada, as maxilectomias parciais podem ser classificadas como maxilectomia rostral, central ou caudal ou pré-maxilectomia bilateral rostral. Objetiva-se relatar o caso de um paciente felino macho, SRD, 8 anos de idade, apresentando epistaxe, hiporexia, êmese, secreção ocular esquerda e, estrutura em região maxilar rostral e lateral esquerda, de crescimento infiltrativo, consistência moderada, vascularizada, abrangendo desde a região gengival até palato duro, com região central ulcerada, linfonodo mandibular esquerdo de consistência aumentada, com pouca mobilidade, irregular, aumentado, glândula salivar submandibular firme e aumentada, nódulo adjacente ao linfonodo mandibular esquerdo, firme, não aderido, ausência do canino, pré-molares e molar e lateralização e mobilidade dos incisivos, sendo todos superiores esquerdos. Avaliação citológica evidenciou neoplasia epitelial, e o exame radiográfico de face; radiopacidade de tecidos moles em concha nasal esquerda, lise óssea intensa e fratura patológica em maxila esquerda. O paciente foi submetido à maxilectomia rostral e central esquerda, sendo realizada incisão peri tumoral da mucosa bucal, gengival e de palato duro, com divulsão do tecido macroscopicamente sadio, seguindo-se da osteotomia do osso incisivo, expandindo para rafe palatina e região compatível com inserção de primeiro molar superior esquerdo, permitindo a remoção da neoplasia principal e expondo a cavidade nasal, sendo removidos cornetos nasais e parte do septo nasal. Em seguida, aproximou-se as bordas entre mucosa labial e palatina, em dois planos de sutura, em padrão simples interrompido e simples contínuo com Poliglecaprone 4-0. Foi realizada extração do canino inferior esquerdo, linfadenectomia de linfonodo mandibular esquerdo, exérese de nódulo perilinfonodal e da glândula salivar submandibular esquerda e esofagostomia. Após 8 dias do procedimento, foi removida sonda esofágica, onde paciente iniciou ingestão alimentar espontânea. O exame histopatológico evidenciou adenocarcinoma acinar com invasão vascular e metástase nodal e comprometimento de margens cirúrgicas. O paciente foi encaminhado para quimioterapia. Apesar do prognóstico desfavorável, por se tratar de uma neoplasia maligna, a excisão cirúrgica da maior parte do tumor, antes da aplicação de outras modalidades terapêuticas objetiva melhorar a qualidade de vida do paciente e permitir o controle local do tumor. Assim, a maxilectomia deve ser considerada em neoplasias orais, pois, mesmo não proporcionando a cura, possibilita controle local desses tumores, preservação da função local, da capacidade de ingestão hídrica e alimentar, além de melhorar resposta às terapias adjuvantes.
Palavras-chave maxila, neoplasias orais, terapêutica
Forma de apresentação..... Painel
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