"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15812

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Bioquímica
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, Outros
Primeiro autor Lucas Quirino Moreira
Orientador MARIA CRISTINA BARACAT PEREIRA
Outros membros Geniana da Silva Gomes, Isabela de Souza Gomes, PAULO ROBERTO GOMES PEREIRA, Rayane Monique Bernardes Loch
Título Estudo da diversidade e de mecanismos de ação de peptídeos antimicrobianos de calêndula com base em similaridade de sequências de plantas próximas na evolução
Resumo A Calendula officinalis L. (calêndula) é uma planta medicinal com ação cicatrizante e antiinflamatória. Extratos aquosos de folhas e flores dessa planta mostraram ricas atividades antimicrobianas, e indicaram a presença dos peptídeos antimicrobianos (AMPs) defensinas e heveínas. Há amplo potencial exploratório de AMPs em calêndula e outros membros das Asteraceae, porém a ausência de sequências de genoma de referência é um grande impedimento. Muitos destes peptídeos não foram ainda identificados e caracterizados em membros das Asteraceae com genomas já sequenciados. O objetivo desse estudo foi estudar a diversidade e os mecanismos de ação dos AMPs defensinas e heveínas, explorando-se as suas sequências em genomas sequenciados de Helianthus annuus (girassol) ou Artemisia annua (artemísia), almejando-se futuro molecular farming de frações enriquecidas em AMPs. As sequências das defensinas e heveínas foram localizadas nas bases de dados, e as análises das regiões funcionais das moléculas foram por ferramentas computacionais, com análises de docking contra quitina, que permitiram avaliar diferentes formas de interação entre os peptídeos e a molécula-alvo. Uma série de resíduos de aminoácidos hidrofóbicos e hidroxilados conservados emergiram como fatores-chave de estabilização nos complexos heveína-quitina. A especificidade da quitina e a conservação da dobra da heveína podem ser explicadas pelas interações do tipo CH–π entre o grupo metil acetoamida em C2 de GlcNAc e os resíduos aromáticos Trp21 e Tyr30. As ligações de hidrogênio entre Ser19 e Tyr30 e o açúcar não redutor C2-acetoamido carbonila e o grupo hidroxila de C3, respectivamente, estabilizam ainda mais o complexo. A heveína apresenta três ligações dissulfeto entre as cisteínas 5 e 17, 11 e 28, e 20 e 24. As defensinas de plantas compartilham uma estrutura tridimensional altamente conservada, responsável pelas características físico-químicas dessas moléculas, formada por três folhas-β antiparalelas e uma α-hélice estabilizada por oito resíduos de cisteína, que formam quatro ligações dissulfeto seguindo o padrão: C1-C8, C2-C5, C3-C6 e C4-C7. A glicina 32 faz parte de um outro elemento estrutural conservado, chamado de γ-core, responsável pela atividade inibitória. Estes resultados permitirão identificar pontualmente os locais de interação dos AMPs com as moléculas sobre as quais atuam. Conhecer os mecanismos de ação e identificar regiões para produzir peptídeos mínimos para expressão de defesa funcional é biotecnologicamente vantajoso para desenvolver novas classes de compostos antimicrobianos (Apoio: CNPq, FAPEMIG, CAPES, FINEP, NuBioMol, BIOAGRO).
Palavras-chave Defensina, heveína, docking molecular.
Forma de apresentação..... Vídeo
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