Resumo |
Durante esse período atípico de pandemia, o ensino remoto provocou nos professores e famílias muitas limitações e incertezas de como proporcionar o ensino de qualidade aos bebês e às crianças, principalmente para aquelas com deficiência. O seguinte texto versa sobre um relato de experiência das ações de dois estudantes de Licenciatura em Educação Infantil, monitores do Programa de Inclusão dos Laboratórios de Desenvolvimento Infantil- LDI e Desenvolvimento Humano- LDH da UFV, que foram desenvolvidas remotamente com crianças da sala 5 durante o Período Especial Remoto 2. Nesta sala são atendidas 20 crianças de 5 e 6 anos, sendo 2 com deficiência. Nesse contexto de distanciamento social, foram feitos planejamentos semanais junto às professoras (regente e auxiliar), em que buscamos refletir e pensar coletivamente para selecionar atividades que trazem uma prática realmente inclusiva. Tivemos como objetivo proporcionar um ambiente, mesmo que remoto, de novidades, inclusivo e acolhedor para todas as crianças. Para colocarmos em prática nosso trabalho, acompanhamos e auxiliamos o desenvolvimento das atividades com as crianças por meio de encontros síncronos, individuais e coletivos, que aconteceram 3 vezes na semana, e também encontros assíncronos por meio da plataforma Google Classroom. Nessa plataforma, são disponibilizadas sugestões de atividades para que as famílias tenham acesso, exercendo um papel fundamental nessa interação. Elas são o nosso elo entre as crianças, ajudando-as antecipadamente na separação de recursos para determinadas atividades, cooperando com a sua educação e contribuindo para que elas tenham contato com novas experiências. Mesmo estando longe da instituição, percebemos que todas as crianças se sentiram acolhidas e incluídas nas atividades. As experiências das atividades construídas de forma reflexiva, possibilitam seu desenvolvimento de forma integral e construtiva. A interação família- escola foi de suma importância na realização deste trabalho, uma vez que os retornos das famílias contribuíram e orientaram nas propostas a serem lançadas nos planejamentos, reforçando os pontos positivos e impulsionando a equipe uma constante avaliação do trabalho e uma busca por atividades e ações cada vez mais inclusivas. Dessa forma é possível responder ao questionamento: Inclusão em tempos de pandemia, é possível? Com base nas experiências enquanto monitores do Programa de Inclusão, por meio das estratégias adotadas desde o primeiro contato com a equipe docente da sala no planejamento das atividades, com as famílias e no acompanhamento das crianças podemos dizer que sim, é possível. Além disso, como estudantes, a experiência da monitoria tem sido muito benéfico, pois nos permite conciliar teoria e prática, proporcionando oportunidades para ampliar a nossa formação. |