"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15780

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Geografia
Setor Departamento de Geografia
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Pâmela Xavier Bastos
Orientador MARIA ISABEL DE JESUS CHRYSOSTOMO
Título Territorialidade do axé: o Candomblé e a Umbanda na cidade de Viçosa(MG)
Resumo As religiões se manifestam de diversas maneiras no espaço das cidades.A paisagem é a primeira aproximação com o processo de produção do espaço, e expressa um acúmulo de tempos. A partir dela é possível apreender os territórios de diferentes sujeitos. O conceito de território carrega uma dupla conotação, material e simbólica, tendo a ver com dominação jurídico-política e com a noção de temor, sobretudo para aqueles que na área territorial são impedidos de entrar. Já para aqueles que usufruem plenamente, ele é capaz de inspirar a identificação positiva e a real “apropriação”.Haesbaert (2007, p.20). O Censo do IBGE de 2010 indica forte presença católica na cidade, contando com 58.718 pessoas que se declaram de orientação apostólico romano. Já as religiões de matriz africana contam com apenas 40 candomblecistas e umbandistas, e 23 umbandistas. No que diz respeito a essas religiões, os embates em torno da apropriação da cidade, além do viés espacial possui também sua vertente racial, proveniente da imagem construída historicamente acerca dessas, demonizadas no imaginário social, inspirando medo a quem apenas a enxerga de fora e não entende os simbolismos inerentes às práticas. Essa pesquisa tem como objetivo analisar como a territorialidade das religiões de matriz africana se expressam em diferentes espaços da cidade através de suas práticas litúrgicas, e os possíveis conflitos advindos dessas práticas na disputa pelo espaço da cidade de Viçosa. Buscamos investigar onde se localizam os terreiros e como se originaram; compreender a existência de signos e significados religiosos presentes em diferentes espaços da cidade; verificar se o processo de segregação social e intolerância religiosa atingem os praticantes da umbanda e candomblé, e de que maneira; revelar as possíveis estratégias político-culturais de enfrentamento. A metodologia será desenvolvida em quatro etapas: na primeira etapa foi realizado um levantamento de fontes bibliográficas em livros, artigos científicos e sites oficiais. Na segunda etapa serão realizadas entrevistas semiestruturadas com praticantes do candomblé, umbanda e catolicismo. A terceira etapa será dedicada à trabalhos de campo em determinados locais para identificar como práticas inerentes às religiões de matriz africana se expressam na paisagem a partir de artefatos simbólicos como oferendas em matas, rios e encruzilhadas. Outra questão a ser identificada será a existência de igrejas, paróquias e capelas. Isso ajudará a compreender se há uma discrepância entre a visibilidade de práticas dessas religiões e como pode influenciar em uma maior ou menor aceitação das práticas de matriz africana. O último momento será reservado para a escrita da dissertação. A pesquisa se encontra na fase inicial, mas pelas informações obtidas até o momento nas fontes bibliográficas foi possível concluir que a Umbanda e o Candomblé ainda ocupa um lugar marginalizado na cidade.
Palavras-chave geossímbolos, identidade, cultura afro-brasileira
Forma de apresentação..... Painel
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