"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15772

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Engenharia sanitária
Setor Departamento de Engenharia Civil
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Myllena Azevedo de Rezende
Orientador MARIA LUCIA CALIJURI
Outros membros Adriana Paulo de Sousa Oliveira, Giordanna Misse Miranda, Letícia Rodrigues de Assis
Título Definição de parâmetros operacionais para tratamento da água residuária da suinocultura integrado com o cultivo de microalgas em reatores de biofilme
Resumo O crescimento populacional tem contribuído com a demanda por produtos agroindustriais e, consequentemente, com a geração de águas residuárias deste setor. Devido à alta concentração de matéria orgânica e nutrientes, o tratamento destes efluentes requerem alternativas inovadoras para otimização da remoção de poluentes. Neste contexto, o cultivo de microalgas em águas residuárias é uma alternativa sustentável, do ponto de vista ambiental e econômico, que vem atraindo a atenção dos pesquisadores, uma vez que a biomassa de microalgas pode ser usada em diversas aplicações comerciais como na suplementação da dieta animal, produção de biocombustível e biofertilizantes, além de seus subprodutos de alto valor agregado. Diante do exposto, a pesquisa realizada teve o objetivo de analisar a recuperação de nutrientes presente na água residuária da suinocultura (ARS) por meio do cultivo de microalgas. O experimento foi realizado em três bateladas, cada uma com duração de duas semanas e conduzido no Laboratório de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Viçosa, entre os meses de março a abril de 2021. Foi instalado um reator de biofilme (RB) em uma lagoa de alta taxa (LAT) de forma a proporcionar a junção de dois métodos de cultivo. No RB ocorreu o cultivo aderido, onde a biomassa se fixou em um meio suporte, produzindo um biofilme de microalgas, e na LAT ocorreu o cultivo suspenso, em que as microalgas cresceram dispersas no efluente. Foram mensurados oxigênio dissolvido (OD), temperatura, pH, nitrogênio amoniacal (N-NH3), nitrato (N-NO3-), sólidos totais voláteis (STV), sólidos suspensos voláteis (SSV) e clorofila-a. Os resultados apontaram que foi possível alcançar uma produção de biomassa total de 34,7 gSTV/m² no RB e 171,2 gSSV/m² na LAT. A determinação indireta da biomassa algal se deu através da leitura de clorofila-a, por espectrofotometria. Os teores chegaram a atingir 0,79 g/m² no RB e 757,6 g/m² na LAT. O N-NH3 foi monitorado em virtude de sua elevada concentração em efluentes de suinoculturas, sendo que a sua remoção média foi igual a 71,2%. Além da assimilação pelas microalgas, observou-se a conversão de N-NH3 em N-NO3-, que atingiu cerca de 388 mg/L. Os resultados dos demais parâmetros ambientais demonstraram que a temperatura do meio de cultivo se manteve dentro da faixa ótima para o crescimento de microalgas, e que estas contribuíram para a depuração do efluente, aumentando a saturação de OD em até 122%. O pH se manteve próximo da neutralidade, evidenciando que a remoção de N-NH3 ocorreu via nitrificação e assimilação algal. Por conseguinte, foi possível concluir que o tratamento de ARS utilizando microalgas apresentou boa eficiência de remoção de N-NH3 e se mostrou eficaz quanto produção de biofilme de microalgas.
Palavras-chave biomassa algal, tratamento de efluentes, recuperação de nutrientes
Forma de apresentação..... Vídeo
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