"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15745

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Engenharia agrícola
Setor Departamento de Engenharia Agrícola
Bolsa PET
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Laura Martins Parma
Orientador RICARDO SANTOS SILVA AMORIM
Outros membros Maria Bevilacqua Alves, Maria Camila Alves Ramos, Savio Augusto Rocha Pinheiro
Título Análise do impacto da expansão das fronteiras agrícolas na supressão de vegetação natural na bacia do Rio Paranã
Resumo O Brasil reúne um conjunto de características edafoclimáticas e topográficas favoráveis ao desenvolvimento de atividades agropecuárias. Em função disso, possui papel relevante para atender as crescentes demandas mundiais por alimentos. No entanto, é de fundamental importância conciliar as atividades agropecuárias com a conservação e sustentabilidade dos ecossistemas naturais. A bacia do rio Paranã está localizada nos estados de Goiás e Tocantins, no bioma cerrado, caracterizado como uma importante fronteira da expansão agrícola no país. Diante do exposto, objetivou-se com este trabalho avaliar o impacto da expansão das fronteiras agrícolas na supressão da vegetação natural em uma porção da bacia do Rio Paranã a montante da estação fluviométrica 21500000 (Nova Roma), no período de 1985 a 2019. Neste estudo o uso e cobertura da terra foram obtidos pelo Projeto de Mapeamento Anual da Cobertura e Uso da Terra no Brasil – MapBiomas. Esse produto consiste em mapas anuais de 1985 a 2019 no formato matricial (30m por 30m) gerados a partir da classificação pixel a pixel de imagens do satélite Landsat utilizando-se algoritmos de aprendizagem de máquina. As informações utilizadas resultaram do processamento da base de dados, que teve o intuito de analisar temporalmente as perdas e ganhos das diferentes classes de uso e cobertura da terra. Foram consideradas seis classes: Floresta, Formação Natural não Florestal, Agricultura, Pastagem, Área não Vegetada e Corpos D’água. De posse dos resultados, foi possível observar uma variação expressiva do uso da terra, com diminuições, em relação a área total de estudo, de aproximadamente 14% de florestas e 2,5% de formações naturais não florestais, e aumentos de 11% de pastagens e 5% de agricultura, sendo as demais classes desconsideradas das análises posteriores em função da característica de estabilidade ao longo de todo o período analisado. A área de floresta cedeu, gradualmente, espaço para implantação da pecuária extensiva até o ano de 1998. No entanto, a partir de 1998 é observada reduções na taxa de incremento de pastagem (56%) e na taxa de decréscimo de floresta (12,6%). Esse comportamento pode ser justificado pelas leis governamentais implantadas a partir de 1998, por meio da criação da Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98), a qual impactou o Código Florestal, a partir da aplicação de multas via fiscalização ambiental. A expansão de áreas agrícolas intensificou efetivamente a partir de 2002, que pode se justificar pela construção da barragem do Rio Paranã, no Vale do Paranã, aumentando a oferta hídrica para os produtores rurais e incentivando, especialmente, a produção agrícola irrigada na região. Os resultados obtidos evidenciam a importância do controle do desmatamento por meio de instrumentos legais, especialmente em áreas de fronteiras agrícolas, visando promover o desenvolvimento das atividades agropecuárias em equilíbrio com a sustentabilidade dos recursos naturais.
Palavras-chave Expansão Agrícola, Desmatamento, Análise Temporal
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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