"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15737

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Agronomia
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Luan Del Rey Silva de Melo
Orientador CARLOS NICK GOMES
Outros membros Felipe de Oliveira Dias, Françoise Dalprá Dariva, João Paulo Araújo Rocha, Manoel Nelson de Castro Filho
Título Alterações na densidade estomática foliar de linhagens de introgressão de tomateiro submetidas a déficit de irrigação prolongado
Resumo Resistência a seca em tomate é encontrada principalmente em espécies silvestres aparentadas, incluindo Solanum Pennellii. Como o sistema radicular de S. Pennellii é superficial e pouco desenvolvido, acredita-se que a capacidade dessa espécie de sobreviver em ambientes áridos esteja relacionada com alterações morfofisiológicas e anatômicas da parte aérea da planta. Dentre as características anatômicas de interesse agronômico, a densidade estomática recebe destaque, visto que quanto maior o número de estômatos por área foliar, maior é a porta de entrada para o CO2, substrato principal da fotossíntese. Todavia, pouco se sabe a respeito da densidade estomática dessa espécie e seus descendentes, e se esta é ou não afetada por condições de déficit de irrigação prolongado. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar à influência do déficit de irrigação prolongado na densidade estomática de linhagens de introgressão de tomateiro derivadas de S. pennellii, previamente selecionadas quanto sua resistência a seca. O experimento foi conduzido em esquema fatorial 2x6, em que foram testados 2 regimes hídricos denominados DEFICIT DE IRRIGAÇÃO (DI) (50%) e IRRIGAÇÃO ÓTIMA (IO) (100% da água disponível) e 6 genótipos, sendo as linhagens IL3-5 e IL10-1, tidas como resistentes e as linhagens IL7-1 e IL2-5, tidas como sensíveis a seca a nível de semente, e os parentais M82 e S. pennellii, no delineamento de blocos ao caso, com três repetições. As plantas foram cultivadas em vasos de 15 litros. A irrigação foi feita por meio da pesagem diária dos vasos e reposição da quantidade de água perdida. Folíolos centrais da terceira folha totalmente expandida a partir do ápice foram coletados 60 dias após o início do estresse para determinação da densidade estomática. As folhas coletadas foram diafanizadas para a montagem das lâminas em água glicerinada. A densidade estomática, expressa em número de estômatos por milímetro quadrado (est/mm²), obtida em ambas as faces da folha, se deu pela contagem direta dos estômatos em 6 pontos aleatórios por repetição, e as médias utilizadas na análise. Os dados foram submetidos a análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey (p<0,05). A interação genótipo x irrigação foi não significativa para a variável densidade estomática da face adaxial (DEAD), porém foi significativa para a variável densidade estomática da face abaxial (DEAB).A DEAD foi, em média 37,95 est/mm², estatisticamente igual em ambos os regimes de irrigação (p>0,05). Já para DEAB, diferenças entre os regimes de irrigação foram observadas para os genótipos IL10-1 e M82 (p<0,05). A DEAB da IL10-1 foi em média 104,74 est/mm² nas plantas sob IO e 74,17 est/mm² nas plantas sob DI, ao passo que a DEAB da M82 foi em média 77,32 est/mm² sob IO e 107,44 est/mm² sob DI. Assim, uma vez que o DI pode alterar a DEAB de genótipos de tomateiro, a seleção de materiais com maior densidade estomática para cultivos sob DI deve ser feita mediante a imposição do déficit.
Palavras-chave resistência a seca, Solanum lycopersicum, melhoramento de tomate
Forma de apresentação..... Painel
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