"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15728

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Microbiologia
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde - Campus Rio Paranaíba
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Caroline Yuri Sano Yamanaka
Orientador MARLON CORREA PEREIRA
Título Fungos endofíticos em raízes de Epidendrum secundum Jacq. em Rio Paranaíba/MG
Resumo Conhecidas por serem plantas ornamentais, as orquídeas possuem uma variedade de características, mas compartilham muito pouco delas. Contudo, todas as espécies de Orchidaceae produzem sementes minúsculas e carentes de endosperma. Por isso dependem da simbiose com fungos endofíticos e micorrízicos para obtenção de carbono e dos nutrientes necessários para o desenvolvimento do embrião e da planta. A importância da micorriza à dinâmica natural das populações de orquídeas e o potencial de aplicação dos endófitos na propagação in vitro de orquídeas têm incentivado estudos sobre a diversidade e especificidade nessa interação. Objetivando avaliar a riqueza de fungos endofíticos em raízes de Epidendrum secundum Jacq., amostras de raízes foram coletadas de uma população da orquídea encontrada em Rio Paranaíba/ MG, próximo a estação de tratamento de água da Copasa. As raízes foram cortadas em fragmentos de 5cm e separadas em três conjuntos conforme a proximidade do meristema radicular (PR - próximo, D1 - distante 5cm e D2 - distante 10cm). Seis fragmentos de cada conjunto foram transferidos para diferentes tubos, imersos em 50mL de solução salina estéril e agitados em vortex (1min). A solução salina foi retirada e desinfestou-se as raízes superficialmente em álcool 70% (1min), em água sanitária 20% (cloro ativo 0,5%; 6min) e lavadas em água deionizada estéril (3X). Dentro do fluxo laminar, as raízes foram cortadas transversalmente e avaliadas sob lupa quanto a presença dos pelotons, estruturas típicas da micorriza. Porções de córtex contendo os pelotons foram inoculados em placas contendo o meio Batata Dextrose Agar (BDA) e o crescimento dos fungos foi acompanhado durante duas semanas. Micélio crescido dos inóculos foi transferido para uma nova placa contendo BDA e repicados até purificação da cultura. As características qualitativas (cor e aspecto) e quantitativas (diâmetro e raio da colônia) de cada isolado foram avaliadas por uma semana em três placas com BDA. Quatorze isolados foram obtidos e apresentaram características qualitativas semelhantes, mas divergiram nas quantitativas. Variações intraespecíficas justificam divergências no diâmetro e no raio de crescimento. Logo, a avaliação de outros caracteres morfológicos e de sequências do rDNA são necessárias para identificar os endófitos. Três morfotipos (M1, M2 e M3) foram identificados pela análise dos dados quantitativos. Os três morfotipos foram isolados das raízes PR, enquanto dois foram obtidos de D1 e um de D2. Por conter tecido mais jovem, as raízes PR podem ser mais suscetíveis a infecção fúngica, o que pode explicar seu maior número de morfotipos. Utilizando morfotipo como unidade taxonômica, conclui-se que há riqueza de 3 morfotipos em E. secundum e que essa riqueza é maior nos fragmentos próximos ao meristema. O potencial dos isolados em estabelecer a associação micorrízica deve ser confirmada em experimentos de germinação simbiótica com sementes dessa orquídea.
Palavras-chave orquídea, micorriza, simbiose
Forma de apresentação..... Painel
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