"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15715

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, FAPEMIG
Primeiro autor Maria Paula dos Santos Ribeiro
Orientador LAERCIO DOS ANJOS BENJAMIN
Outros membros Arthur Queiroz Rosin, Frederico Belei de Almeida, Joana D'Arc Silveira Souza, Paloma Pereira Dias
Título Determinação da CL50-96h do Alumínio em lambari-do-rabo-amarelo (Astyanax altiparanae)
Resumo O desequilíbrio do ecossistema é causado pelo acúmulo de substâncias tóxicas, e pode acarretar inúmeras consequências aos seres humanos e animais por desorganizar as cadeias tróficas e suas inter-relações. Este evento ocasiona, também, a dificuldade em instaurar os conceitos do “Programa One Health”, que busca associar pesquisas relacionadas à saúde humana, animal e ambiental, uma vez que os peixes são importante fonte de alimento para o ser humano. Os peixes e outros organismos aquáticos são os primeiros seres vivos a serem afetados por excessos de poluentes industriais presentes no ambiente aquático e, atualmente, tem-se ampliado a preocupação com o aumento do alumínio livre no ambiente, com seus efeitos negativos sendo potencializados em ambientes com pH ácido. Dessa maneira, o lambari-do-rabo-amarelo (Astyanax altiparanae) apresenta vantagem como bioindicador de alterações ambientais, devido à sua posição na cadeia alimentar e ciclo de vida. Com o objetivo de investigar a CL50-96h do sulfato de alumínio [AL2(SO4)3] em lambaris, foi realizado um teste estático (sem troca de água e sem alimentação) após um período de 10 dias de aclimatação dos peixes em condições de laboratório. O teste foi executado em triplicatas, utilizando-se cinco concentrações (0,2; 0,6; 1,8; 5,4; 16,2 mg/L) e um grupo controle sem o tóxico, com seis peixes por réplica, totalizando 108 peixes. A temperatura e a mortalidade dos peixes foram computadas durante o período experimental a cada 6h, durante as 96h. Os resultados foram analisados no programa CETIS por meio de regressão linear, com o cálculo de determinação binomial reduzindo o intervalo de confiança por média móvel (p<0,05). A temperatura variou entre 24 e 25,5°C, com média de 24,75°C. Nas primeiras 6h foram registrados os maiores índices de mortalidade (94,44% na concentração 5,4mg/L,e 77,78% na concentração 16,2mg/L). Com 12h, ocorreram mortes de 100% (5,4mg/L) e 88,89% (16,2mg/L), esta última tornando-se 100% em 18h. Às 54 e 66 h, houve mortalidade de 5,56% nas concentrações 1,8 e 0,6mg/L, respectivamente. Por fim, com 90h, verificou-se mortalidade de 11,11% (0,6mg/L) e 16,67% (1,8mg/L), com ausência de mortes ao final do experimento (96h). Não houve mortalidade nos animais do grupo controle e nem na concentração 0,2mg/L. As análises estatísticas determinaram o valor de 2,156mg/L para a CL50-96h do alumínio em lambaris. Baixas concentrações de alumínio em ambiente aquático podem causar mortalidade de peixes e seus efeitos podem ser potencializados de acordo com o avanço nos níveis da cadeira trófica. O uso indiscriminado do alumínio, fortemente utilizado pelas indústrias em diversos produtos do cotidiano (desde produtos de higiene pessoal, até mesmo latas de bebidas e corantes alimentícios), pode provocar intoxicação de animais aquáticos e humanos, acarretando doenças e aumento dos impactos ambientais.
Palavras-chave Ictiofauna, intoxicação, ecotoxicologia
Forma de apresentação..... Vídeo
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