"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15685

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Botânica
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Joao Santana Tomaz
Orientador ARISTEA ALVES AZEVEDO
Outros membros Ana Paula Pires Marques, Daniela Pinto de Souza Fernandes, Ivan Becari Viana
Título O Alumínio como um elemento benéfico para o desenvolvimento foliar da espécie herbácea Coccocypselum aureum (SPRENG.) CHAM. & SCHLTDL. (RUBIACEAE)
Resumo O Alumínio (Al) em solos ácidos encontra-se na forma de Al3+ que é tóxica para muitas espécies de plantas por inibir o crescimento radicular, reduzindo a absorção de água e nutrientes, prejudicando o crescimento e desenvolvimento do vegetal. Entretanto, plantas nativas de solos ácidos, como as do Cerrado, possuem mecanismos de resistência ao Al, sendo que em algumas espécies tem sido descrita a ação benéfica do elemento no crescimento. O estudo do Al em espécies herbáceas do Cerrado, acumuladoras de Al, pode auxiliar na compreensão dos mecanismos de resistência e esclarecer os possíveis papéis benéficos do elemento. Avaliamos a morfoanatomia, os sítios de acúmulo de Al, o percentual de extravasamento de eletrólitos (EE) e a ocorrência de morte celular na folha da herbácea acumuladora Coccocypselum aureum (Rubiaceae), na ausência e presença de Al. Indivíduos da espécie, coletados no cerrado stricto sensu da FLONA de Paraopeba/MG, foram submetidos à hidroponia em dois tratamentos: tratamento 1 (T1) sem Al durante 60 dias e tratamento 2 (T2), sem Al nos 30 primeiros dias e com 500 µM de Al nos 30 dias seguintes. Foi utilizada solução nutritiva de Clark ½ força, pH 4,5, sob aeração constante, com Al na forma de AlCl3. Registro fotográfico da morfologia foi realizado durante o experimento. Ao final de 60 dias, discos foliares de 1 cm de diâmetro foram coletados e avaliados quanto ao EE e submetidos ao corante Azul de Evans para a detecção de morte celular. Teste histoquímico com Solochrome Azurine foi usado para a detecção dos sítios de acúmulo do metal em cortes transversais da lâmina foliar, obtidos em micrótomo de mesa. Dados do EE foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5 % de probabilidade. Nos primeiros 30 dias, foram observadas cloroses foliares nas plantas do T1, que progrediram para necroses marginais e apicais. No fim do experimento, as folhas estavam parcialmente necrosadas e encarquilhadas. Não houve detecção de acúmulo do metal em T1 e a morte celular foi confirmada pelo teste com Azul de Evans, o que esteve relacionado ao maior EE. Plantas do T2, durante os 30 primeiros dias, apresentaram os mesmos sintomas visualizados em T1. Entretanto, após a adição do Al, na solução, houve produção de novas folhas, sem cloroses, necroses ou encarquilhamento. O teste com Azul de Evans não detectou morte celular em T2, além disso a porcentagem de EE foi 50% menor em relação a T1. Os principais sítios de acúmulo do Al nas folhas foram a parede e o conteúdo celular das células do parênquimas paliçádico e esponjoso, incluindo cloroplastos, e do floema. Os resultados nos permitem afirmar que o Al atua como benéfico para o desenvolvimento foliar de C. aureum, uma vez que as plantas não se desenvolveram normalmente na sua ausência e após adição do elemento na solução houve produção de folhas novas e saudáveis, com menor porcentagem de EE e menor indicação de morte celular.
Palavras-chave Cerrado, herbácea acumuladora de Al, histolocalização de Al
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
Gerado em 0,65 segundos.