"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15652

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina veterinária
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Mariana Rodrigues Morais de Oliveira
Orientador FABIANA AZEVEDO VOORWALD
Outros membros FABIANO RODRIGUES DE MELO, Larissa Vaccarini Avila, LUKIYA SILVA CAMPOS FAVARATO, Rebecca Anne Arrant
Título Protocolos de esterilização para controle populacional de saguis invasores (Callithrix sp.)
Resumo O sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita) é uma espécie endêmica da Mata Atlântica do sudeste do Brasil e está listado como “Em Perigo de Extinção” na lista nacional e internacional de espécies ameaçadas. O declínio de sua população foi ocasionado pela destruição contínua de seu habitat e pela introdução antropogênica de primatas invasores, como C. flaviceps e C. jacchus, que são espécies com alta competitividade ecológica e possuem risco de hibridação por serem espécies congêneres. Objetiva-se relatar o protocolo de esterilização para controle populacional dos saguis invasores (Callithrix sp.), visando o manejo conservacionista do C. aurita. Três grupos de híbridos foram capturados na Mata do Ginásio, localizada na Universidade Federal de Viçosa, sendo oito machos e quatro fêmeas. As técnicas de esterilização escolhidas foram a deferentectomia e a laqueadura, preservando as gônadas para manutenção do comportamento social, que é diretamente influenciada pelo controle hormonal. O protocolo anestésico utilizado foi 1 mg/kg de midazolam, 0,1 mg/kg de butorfanol e 10 mg/kg de cetamina por via intramuscular como medicação pré-anestésica, indução e manutenção com sevoflurano e monitoração durante o trans e pós cirúrgico. Os animais foram posicionados em decúbito dorsal para realização de tricotomia e antissepsia da área cirúrgica. Nos machos, realizou-se incisão de aproximadamente 1cm na linha média acima da sínfise púbica para exposição dos testículos e funículos espermáticos. Após divulsão e separação do ducto deferente, foram feitas duas ligaduras com nylon 4-0 cranial e caudalmente ao ducto. O procedimento foi realizado do lado direito e esquerdo. Após o reposicionamento das estruturas, realizou-se sutura intradérmica com Vycril 5-0. Nas fêmeas, realizou-se incisão retroumbilical de 1cm na linha média, para acessar a cavidade abdominal e expor o sistema reprodutor feminino. Após localização das tubas uterinas, foram realizadas duas ligaduras com nylon 4-0 na região dos istmos tubários direito e esquerdo. Procedeu-se miorrafia com pontos simples separado e sutura intradérmica utilizando-se fio Vycril 4-0 e 5-0, respectivamente. Os animais permaneceram estáveis durante todo o procedimento cirúrgico. No pós-operatório, os saguis foram medicados com enrofloxacino (5 mg/kg) e meloxicam (0,2 mg/kg) por via subcutânea SID, amoxicilina (0,2 mg/kg) por via subcutânea SID e limpeza diária da ferida cirúrgica com clorexidine 1% e aplicação tópica de ganadol (pomada à base de ureia, penicilina e diidroestreptomicina) durante 7 dias. Após a completa recuperação dos animais esterilizados, a soltura dos grupos foi realizada em fragmentos de Mata Atlântica da UFV. Conclui-se que as técnicas de esterilização utilizadas foram eficazes, resultaram em excelente recuperação cirúrgica e breve soltura. A continuidade do controle populacional dos saguis invasores proposto irá, a longo prazo, resultar em sucesso na reintrodução, repovoamento e conservação do C. aurita.
Palavras-chave conservação, deferentectomia, laqueadura
Forma de apresentação..... Painel
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