"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15651

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Astronomia
Setor Departamento de Física
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Karoline Aparecida Margarida Ferreira França
Orientador WINDER ALEXANDER DE MOURA MELO
Título Detecção de ondas gravitacionais: possibilidades para a astronomia
Resumo Uma das leis físicas que governam o universo é a Lei da Gravitação Universal. Nela, a gravidade é entendida como uma força. Nesse sentido, a força que rege a queda livre de uma maçã em direção ao solo é a mesma força que rege o movimento dos planetas. Por outro lado, na Teoria da Relatividade Geral (TRG) a gravidade não é entendida como uma força, a gravidade é a curvatura do próprio espaço-tempo. Logo, a curvatura do espaço-tempo muda à medida em que a matéria-energia se desloca. Mas o espaço-tempo tem um certo tempo de reação ao deslocamento da matéria-energia, pois essa informação viaja à velocidade da luz. Portanto, o tempo de reação faz com que se formem ondulações no espaço-tempo que se comporta como um tecido elástico. Ditas ondulações se propagam pelo espaço-tempo e são as chamadas ondas gravitacionais (OG). O objetivo deste trabalho é mostrar como a detecção de OG permite o desenvolvimento da astronomia, como um complemento às observações que se valem das ondas eletromagnéticas (OEM). As OG são um novo espectro ondulatório com propriedades diferentes e complementares às OEM. São vibrações do espaço-tempo no espaço-tempo e são produzidas pelo movimento da matéria-energia. Então, com a detecção das OG pelo LIGO (Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory) nasceu uma nova astronomia: a astronomia das OG. O desafio da astronomia das OG é detectar essas ondas e extrair a informação sobre os fenômenos mais exóticos do universo: fusões de estrelas de nêutrons e de buracos negros, explosões de raios gama e de estrelas supernova, dentre outros. Inclusive, seria possível observar o que aconteceu logo após o Big Bang, quando o universo ainda não tinha um segundo de idade. O nascimento da astronomia das OG correspondeu a um sinal de 0,2 segundos de duração detectado pelo LIGO em 2015. Esse sinal representou a fusão de dois buracos negros em uma galáxia há 1,3 bilhões de anos-luz da Terra. Uma metáfora que permite compreender a importância da detecção de OG é vista como “a música do universo”. Nessa sinfonia existem múltiplas notas musicais: os espectros de OEM e de OG. Assim, os múltiplos instrumentos para “ouvir” OG vão desde interferômetros como LIGO (USA), Virgo (Europa), KAGRA (Japão), dentre outros, até projetos em andamento como LISA (Laser Interferometry in Space) da ESA (European Space Agency). Todos eles em comunicação direta com os instrumentos ópticos, de raios gama, de raios x, de ondas de rádio, de neutrinos, e demais, que nos últimos anos revolucionaram a astronomia e cobrem o espectro das OEM.
Palavras-chave relatividade geral, ondas gravitacionais, astronomia
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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