"A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta"

5 a 7 de outubro de 2021

Trabalho 15640

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Engenharia agrícola
Setor Departamento de Engenharia Agrícola
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Antonella Araujo de Almeida
Orientador ANDRE PEREIRA ROSA
Outros membros Izabelle de Paula Sousa, Priscila da Silva Maradini
Título Potencialização da produção de biogás em biodigestores: energia solar para o aquecimento de dejetos suínos
Resumo A suinocultura possui grande relevância no agronegócio brasileiro, uma vez que a carne suína é uma importante fonte de proteína animal, entretanto é uma atividade de alto potencial poluidor. O manejo inadequado dos dejetos produzidos pode causar danos aos corpos hídricos, solo e ar. Dentre os métodos de tratamento mais usuais dos dejetos suínos destaca-se a digestão anaeróbia, a qual apresenta, dentre outras vantagens a geração do biogás, subproduto gasoso com elevado potencial energético. O biogás é composto majoritariamente por metano e pode ser convertido em energia térmica ou elétrica. No entanto, a digestão anaeróbia possui grande influência das condições climáticas locais, de modo que flutuações de temperatura podem comprometer a eficiência do tratamento e a produção de biogás. A literatura reporta a faixa de temperatura mesofílica (otimização do processo em 35ºC) como adequada no processo anaeróbio de degradação. Este trabalho teve como objetivo a avaliação de um sistema de aquecimento de efluentes de suinocultura utilizando energia solar como fonte térmica alternativa. O estudo foi realizado em uma suinocultura no município de Teixeiras-MG, onde o efluente da suinocultura é tratado em dois biodigestores lagoa coberta(BLC). A qualidade do efluente na entrada dos BLC foi caracterizada em termos de sólidos voláteis(SV) com frequência semanal. Em adição, a temperatura do efluente foi obtida por meio de sensores instalados com transferência dos dados a cada 30 segundos e o período do monitoramento do sistema foi de setembro/2018 a agosto/2019. O sistema de aquecimento foi proposto pela simulação da instalação de placas solares para que o efluente final atinja a temperatura de 35ºC, para tanto, os softwares Energy-Plus e o plugin Legacy Open Studio foram utilizados. O sistema de aquecimento na simulação é composto por uma caixa d’água, painéis solares e um painel radiante ao redor de um tanque de equalização. A água aquecida pelos painéis troca calor com o efluente armazenado no tanque, que após aquecido é direcionado para os biodigestores. A produção de biogás foi determinada a partir do modelo matemático proposto por Chen-Hashimoto (1983) comparando-se os cenários com e sem aquecimento do efluente. A caracterização dos BLC apontou uma temperatura média do efluente (sem aquecimento) de 23°C. No período monitorado o teor médio de SV aplicado nos BLC foi de 15.36 kg m-3. O cenário sem aquecimento apresentou uma produção de biogás nos BLC da ordem de 734m³ d-1. A proposta de aquecimento do efluente a 35ºC seria alcançada pela instalação de 17 painéis solares, resultando em uma produção de 801 m³ d-1. Conclui-se que a recuperação de energia solar é uma alternativa promissora para o aquecimento de efluentes de suinocultura. O aumento da temperatura de operação dos biodigestores permite a otimização da produção de biogás, aprimorando a sustentabilidade energética nas granjas.
Palavras-chave biogás, energia solar, suinocultura.
Forma de apresentação..... Vídeo
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